Os brasileiros estão ansiosos pelo próximo aumento no salário mínimo, previsto para o dia 1º de maio, Dia do Trabalhador. Ainda assim, há quem já esteja fazendo as contas para tentar descobrir o piso nacional de 2024.
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No projeto de Orçamento enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional, o salário mínimo do próximo ano está previsto em R$ 1.389. Esse valor, entretanto, prevê apenas a reposição das perdas com a inflação, sem aumento real.
Acima da inflação
A promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmada por membros do seu governo, como o ministro Luiz Marinho (Trabalho), é retomar a política de valorização do piso nacional. A ideia é garantir aumento real com base no Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores, oferecendo sempre um valor acima da inflação.
Se essa regra for adotada no ano que vem, o mínimo chegará a R$ 1.430, estima o pesquisador e professor Clemente Ganz Lúcio. A quantia representa um acréscimo de R$ 110 em relação ao valor que entrará em vigor no dia 1º de maio (R$ 1.320).
O cálculo considera o PIB de 2,9% medido em 2022 e a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) para este ano, que deve ficar na casa dos 5,2%.
Nova política de reajuste
Contudo, como o novo modelo de cálculo adota o crescimento da economia nos últimos dois anos antes da correção, também é preciso levar em conta o PIB de 2023. Neste caso, é possível fazer os cálculos com base na estimativa para este ano, que é de aumento discreto de 0,96%.
Colocando os últimos dois resultados do PIB na fórmula de correção, o salário mínimo ficaria em torno de R$ 1.402, alta de 6,2% frente ao valor deste ano. Com isso, o reajuste chegaria a 8,3%.