Apostadores ofereceram ao menos R$ 1,25 milhão a jogadores em esquema de manipulação

Operação Penalidade Máxima: Apostadores ofereceram mais de um milhão de reais a 9 jogadores, entre eles Eduardo Bauermann, do Santos.



O Ministério Público de Goiás (MPGO) divulgou nesta segunda-feira (15) novas informações sobre o escândalo de manipulação de resultados envolvendo jogadores e empresas de apostas esportivas, que abalou o futebol brasileiro. Segundo o MPGO, os acusados prometeram pagar pelo menos R$ 1,25 milhão a 9 jogadores em 13 partidas.

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Desse montante, 200 mil reais foram entregues a jogadores antes mesmo da realização dos jogos. Diante dessa situação, o Ministério Público de Goiás gerou uma denúncia e tornou réus sete jogadores e nove apostadores, entre eles o empresário Bruno Lopez, que é apontado como o líder da organização criminosa.

Montante pago aos jogadores

Jogadores se tornam réus na Operação Penalidade Máxima (Foto: Divulgação/ MPGO).

Entre as situações denunciadas à justiça, o valor mais alto prometido a um único jogador foi de 500 mil reais. Conforme apurado pelo MP, o recebedor da quantia seria o atleta Fernando Neto, que pertencia ao Operário. Para receber o valor, ele deveria ser expulso no jogo entre Operário e Sport, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro de 2022. Segundo a investigação, Fernando Neto chegou a receber 40 mil reais adiantados.

O valor mais baixo prometido pelos apostadores foi de 30 mil reais, em proposta direcionada ao jogador Onitlasi Moraes (Moraes Júnior), que vestia a camisa do Juventude. Afim de receber o dinheiro, ele deveria receber um cartão amarelo na partida contra o Palmeiras, válida pela Série A do Brasileirão e disputada em setembro de 2022. De acordo com o MP, cinco mil reais foram entregues antes da partida. Contudo, o atleta não foi denunciado porque admitiu o esquema e firmou acordo com o Ministério Público.

O órgão ainda trabalha nas investigações para desvendar quanto dinheiro foi prometido em outros dois casos, os dos jogadores Eduardo Bauermann e Igor Cárius. A suspeita é de que Cárius, que até então estava no Cuiabá, teria recebido 5 mil reais adiantados para ser punido com um cartão amarelo no jogo entre seu time e o Ceará, válido pela série A do Campeonato Brasileiro de 2022.

Já o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, teria recebido 50 mil reais para tomar um cartão amarelo na partida entre Santos e Avaí, também válida pela Série A do Brasileirão 2022. O jogador não recebeu o cartão mas firmou acordo com os apostadores para que fosse expulso na partida.




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