Da máfia do apito a loteria esportiva: casos de manipulação no futebol não são novidade no Brasil

Relembre os principais escândalos de manipulação de resultados que já aconteceram no futebol brasileiro.



O futebol brasileiro passa por um momento muito difícil em vários aspectos, principalmente devido aos mais recentes casos de envolvimento de jogadores no esquema de manipulação de resultados que ficou conhecido como “A Máfia das Apostas”.

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No entanto, esse não é o primeiro caso de manipulação de resultados que já aconteceu no nosso futebol. Casos como o que estamos acompanhando já foram registrados no país desde de a década de 1980, inclusive com a participação de atletas consagrados.

Loteria esportiva

O primeiro grande esquema de manipulação de resultados remete ao ano de 1982, quando foi denunciado pela revista Placar. Naquela época, participaram do esquema jogadores, árbitros, dirigentes, empresários, ex-atletas e, obviamente, apostadores.

No total, 125 pessoas foram apontas como envolvidas na manipulação de 13 jogos da Loteria Esportiva, da Caixa Econômica Federal. O esquema funcionava com base na fabricação de resultados que terminavam com a famosa “zebra”. Cerca de 20 pessoas foram indiciadas mas ninguém foi preso.

Na época o caso recebeu uma ampla cobertura da imprensa e nomes importantes do futebol brasileiro como Amarildo e Marco Antônio, ganhadores da Copa do Mundo com a seleção brasileira nas edições de 1962 e 1970, participaram das armações das partidas.

Máfia do apito

O ex-juiz Edilson Pereira de Carvalho (AP Photo/Agência O Globo).

Outro caso que marcou muito a história esportiva do país foi a “Máfia do Apito”. Em setembro de 2005, a revista Veja denunciou o escândalo que envolvia, principalmente, o aliciamento de árbritos de futebol. Nesse caso o protagonista era o então juiz Edilson Pereira de Carvalho.

Como saldo, 11 partidas do Campeonato Brasileiro Série A foram anuladas e remarcadas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por causa das manipulações de resultados que visavam o benefício financeiro dos participantes do esquema.

Apesar da notória repercussão do episódio, assim como no caso dos anos 1980, ninguém foi condenado. Mesmo assim, segundo o Portal R7, os árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon foram banidos de todas as atividades do futebol.




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