Os brasileiros enfrentam uma relação complexa com as dívidas financeiras. Muitos acreditam em um mito popular, que afirma o seguinte: as contas deixam de ser cobradas após um período de cinco anos. Essa crença não corresponde à realidade, então é importante se organizar para não manter o nome negativado.
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A falta de conhecimento sobre os direitos e responsabilidades financeiras leva qualquer um a equívocos e expectativas incorretas. É importante compreender que as dívidas não desaparecem automaticamente após um determinado prazo. É fundamental estar ciente das consequências legais e financeiras do não pagamento delas.
Veja porque essa crença é popular no país ao longo do texto.
Verdadeiro ou falso: a dívida deixar de existir após 5 anos?
Antes de tudo, é importante compreender que essa “ideia” vem de um termo bem difundido entre a população, que é chamado de “dívida caduca”. Ela se refere àquelas que já tem mais de cinco anos e, após esse período, deixa de fazer parte da lista de inadimplentes dos serviços de proteção ao crédito, como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa. Todas as empresas têm esse prazo de cinco anos para cobrar judicialmente uma dívida.
Conforme mencionado anteriormente, é importante esclarecer que uma conta que tenha caducado não pode mais resultar em restrições ao consumidor. Isso significa que o nome do indivíduo não pode ser incluído nos cadastros de proteção ao crédito por causa desse débito específico.
Além disso, caso não haja nenhuma outra dívida pendente que resulte em negativação, o consumidor também não poderá ter o seu nome registrado por causa dessa dívida caducada.
É exatamente nesse ponto que as confusões sobre o tema começam a surgir. A conta não deixará de existir depois desse prazo, visto que a empresa continuará a cobrar para que ela seja paga, mas de maneira informal. Por essa razão, quem acredita ser uma boa ideia aguardar o período para a dívida caducar e ficar livre do nome sujo pode enfrentar maiores problemas depois, justamente devido às multas e juros que podem ser adicionados nas cobranças.
O melhor caminho é não deixar a dívida se arrastar e buscar um acordo o mais rápido possível.