El Niño pode trazer temperaturas muito acima do normal

Onda insuportável de calor e temperatura desregulada? Veja o que esperar do El Niño, que vai voltar até setembro.



Certamente ninguém está com saudades do El Niño, mas ele irá voltar em 2023. A Organização Meteorológica Mundial já alertou que é provável que o fenômeno climático ocorra até o final de setembro. Com isso, as temperaturas devem ficar em desequilíbrio em diversas partes do mundo.

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O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do setor centro-leste do Oceano Pacífico e afeta o clima global, podendo resultar em anos considerados secos ou muito secos. O fenômeno consiste em variações na atmosfera sobre a região de águas aquecidas e persiste de seis a 15 meses, ocorrendo em intervalos médios de quatro anos.

Apesar de ocorrer no Pacífico, os efeitos do fenômeno são sentidos em diversas partes do mundo. Nas Américas, por exemplo, o fenômeno pode levar a inundações e deslizamentos de terra em áreas costeiras, enquanto que em outras regiões pode causar secas e incêndios florestais. Na África, pode resultar em uma diminuição das chuvas, causando escassez de água e fome em algumas áreas. Enquanto, na Ásia, pode levar a temperaturas extremas e a desastres naturais, como tufões e ciclones tropicais.

El Niño deve se desenvolver entre julho e setembro

De acordo com a ONU, a previsão é de que o El Niño se desenvolva entre os meses de julho e setembro deste ano, elevando as temperaturas a novos recordes de calor.

“O desenvolvimento do El Niño muito provavelmente levará a um novo pico do aquecimento global e aumentará as possibilidades de recordes de temperatura“, advertiu Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

A OMM calcula que há 60% de possibilidades de que o El Niño se desenvolva até o final de julho e 80% de chances até setembro. O fenômeno ocorreu pela última vez em 2018-2019 e provocou um episódio particularmente longo de La Niña, que causa os efeitos inversos e, em particular, uma queda nas temperaturas.

Apesar dos efeitos moderadores do La Niña, os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados. Com o provável desenvolvimento do El Niño em 2023, a situação pode se agravar ainda mais, com novos recordes de temperatura sendo registrados.




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