A Mercedes-Benz enfrentou uma derrota recente na Europa em uma disputa contra a União das Indústrias Europeias de Lubrificantes. A montadora alemã recomendava em seu manual a troca do óleo do motor sem mencionar suas especificações, apenas indicando sua marca. A tentativa de obrigar o ‘óleo próprio’ pegou mal.
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Isso porque, na Europa, as montadoras não podem ameaçar os clientes com perda de garantia caso o óleo do motor utilizado não seja exatamente o da sua marca, sendo permitido estabelecer apenas especificações de viscosidade e aditivação conforme normas estabelecidas pela SAE ou a ACEA.
No Brasil, algumas fábricas também recomendam óleo fabricado por empresas parceiras, sem mencionar as especificações. Foi essa prática gerou uma reclamação na Europa em relação à Mercedes-Benz, especificamente sobre a obrigação de usar o óleo de motor genuíno da montadora para a revisão de determinados modelos de carros, como os Sprinter 907 de tração traseira e Sprinter 910 de tração dianteira, a fim de manter a validade das garantias dos veículos.
Após tentar obrigar ‘óleo próprio’, Mercedes-Benz volta atrás
Para reverter a situação, a União da Indústria Europeia de Lubrificantes, com sede em Bruxelas, entrou em contato com a montadora de luxo alemã após um membro levantar essa questão.
A associação informou que a legislação da União Europeia proíbe as montadoras de condicionarem as garantias ao uso de marcas específicas de óleos de motor ou outras peças de reposição, exigindo apenas a recomendação do uso de produtos que atendam a uma especificação fornecida pela montadora.
Após diversas comunicações, a subsidiária da Mercedes-Benz no Reino Unido reconheceu que foi inadequado dizer que os clientes eram obrigados a usar o óleo MB 228.51 LT e que essa palavra transmitiu uma mensagem equivocada aos clientes. A montadora informou que removeu as referências de “obrigatório” do documento em questão.
