O bilionário Peter Thiel, cofundador da plataforma de pagamentos virtuais PayPal, anunciou que vai ter seu corpo congelado e preservado após a morte, na esperança de que possa ser ressuscitado no futuro. Thiel tem uma fortuna avaliada em US$ 4,1 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) pela Forbes e é conhecido por suas contribuições para pesquisas que estudam estratégias e técnicas para combater o envelhecimento.
Leia mais: Filme de terror! Homem vive pesadelo em hotel ao sentir cheiro estranho no quarto
Em uma entrevista no podcast “Honestly with Bari Weiss”, Thiel afirmou que não acredita na capacidade da tecnologia de funcionar, mas vê o congelamento como uma “afirmação ideológica”. Ele já demonstrou interesse em criogenia antes, tendo apoiado uma empresa que quer congelar animais de estimação que morreram para trazê-los de volta à vida no futuro.
Thiel afirmou que a humanidade precisa “conquistar a morte ou pelo menos descobrir por que é impossível fazer isso” e que as pessoas se envolvem com questões culturais em vez de focar em coisas mais relevantes, como a cura do câncer. Ele destacou que investiria bilhões na área de biotecnologia se encontrasse as pessoas adequadas.
Criogenia: uma aposta para o futuro
Embora a criogenia seja vista como uma ideia futurista e controversa, com questões éticas e científicas ainda sem respostas definitivas, a demanda por serviços desse tipo tem crescido ao longo dos anos. Algumas empresas oferecem a opção de preservação de tecidos, células ou corpos inteiros após a morte, na esperança de que a tecnologia avance o suficiente para reverter as condições que causaram a morte.
No entanto, especialistas afirmam que ainda há muitos obstáculos técnicos e científicos para tornar a criogenia uma opção viável, como a dificuldade em preservar tecidos sem danos, a falta de conhecimento sobre como reverter os processos de envelhecimento e a impossibilidade de prever avanços tecnológicos futuros. Além disso, muitas das empresas que oferecem serviços de criogenia são comerciais e não possuem regulamentação adequada.
A decisão de Thiel de preservar seu corpo após a morte para possível ressuscitação no futuro pode ser vista como uma aposta de que a tecnologia avançará o suficiente para tornar essa opção uma realidade. No entanto, a ideia de preservar um corpo dessa maneira é altamente especulativa.