O banco Santander está planejando disponibilizar um grande número de crédito com condições especiais para os clientes ainda este ano. Essa nova linha de empréstimo não seria disponibilizada para todos os públicos, pois o novo objetivo da instituição financeira é atingir a marca de R$ 50 bilhões no agronegócio neste ano.
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Para isso, a instituição pretende reduzir a taxa de juros cobradas na linha, visto que está acreditando na mudança para conseguir atingir os seus planos, porém estas alterações irão depender das modificações nos percentuais para os financiamentos do agro que acontecerão por meio do Plano Safra 2023/24.
Segundo o superintendente regional de negócios do banco, Ricardo França, a expectativa é de uma revisão nos valores, não de um aumento. “Estamos aguardando ansiosos”, afirmou França durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
Santander segue atenta ao público agro
Caso os planos do banco não saiam como o esperado, a instituição já tem um plano B para usar. De acordo com Ricardo França, a instituição avalia que irá precisar transferir o planejamento anual, que envolve a arrecadação de R$ 50 bilhões em negócios vinculados ao setor agroindustrial em 2023.
Em entrevista ao Brodcast Agro/Estadão, França afirmou que o banco segue atento ao tema da disponibilidade de crédito para o público alvo. O superintendente esclareceu que o Santander aguardava uma possível retomada das linhas de crédito do BNDES, porém o recurso não foi disponibilizado nos últimos meses.
Mudança nos critérios de exigibilidade
Em relação ao Plano Safra 2023/24, o lançamento deverá acontecer ainda neste mês de maio ou em junho. Apesar disso, o banco ressalta haver expectativas para que aos critérios de exigibilidade sejam alterados. O Santander afirma que os recursos estão acabando cada vez mais rápido, logo não devem ser suficientes para o fim da temporada.
“Há apostas do mercado que haverá alterações no potencial de exigibilidade, mas se não mexerem em nada (no modelo do programa), teremos queda nos recursos subsidiados”, afirmou França.
Após o esgotamento dos recursos no final de 2022, o Governo Federal disponibilizou R$ 2,9 bilhões no começo de 2023. O volume ofertado foi menor do que a procura pelo crédito, logo não foi suficiente para todos os que buscaram as linhas do BNDES que são voltadas ao segmento agropecuário.
