A vida imitando a arte? Recentemente, foi ao ar o último capítulo da novela Travessia, da autora Gloria Perez, no qual foi exibido uma cena em que a personagem interpretada por Jade Picon, interagiu com a falecida personagem representada por Grazi Massafera. Isso, com a ajuda de uma representação digital. É o progresso da IA.
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Bem, parece que essa possibilidade não está limitada à ficção. Isso, porque uma empresa estadunidense está desenvolvendo uma ferramenta, usando a mesma tecnologia do ChatGPT, que promete às pessoas alguns minutos de interação com entes falecidos e queridos por meio de um chatbot.
A empresa Seance AI vem chamando atenção do setor tecnológico por apresentar uma ideia mais ousada. Anteriormente, diversas companhias criaram projetos que ajudam a preservar a memória de pessoas que já morreram por meio da tecnologia, contudo essa iniciativa vai um pouco além.
Como funciona a IA?
A proposta traz a possibilidade de literalmente conversar com os mortos. O criador do serviço, Jarren Rocks, explica que a ideia é promover um senso de encerramento emocional, dando a chance aos usuários de ter uma última conversa com aqueles que já se foram.
A ferramenta tem gerado uma discussão sobre luto e perda, com usuários relatando que a experiência foi inusitada. Em reportagem divulgada pelo portal Futurism, o desenvolvedor detalhou que não é possível ter diálogos extensos. A medida que a conversa avança, as respostas vão se tornando repetitivas.
O texto ainda mostrou que, no início dos diálogos, os usuários ficam convencidos pelo nível de autenticidade, mas depois, a sensação de vazio tomava conta, justamente devido ao fato de as conversas seguirem se repetindo.
A criação da Seance AI vai contra a tendência que todas as empresas estão adotando, de afastar a imagem assustadora das inteligências artificiais. Rocks quer que a sua ferramenta tenha um aspecto mágico e fantasioso. A empresa pretende lançar a solução com método de pagamento por sessão, para não incentivar o uso exagerado do recurso.
