A violação de privacidade parece ser um problema gigantesco na indústria tecnológica que é enfrentado por diversas empresas. Nos últimos dias, usuários do WhatsApp relataram que o aplicativo estava usando o microfone dos celulares em segundo plano sem autorização. Agora, quem ganhou uma grande dor de cabeça foi a Alexa.
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A situação vai custar milhões à gigante da tecnologia, pois os produtos Alexa, a assistente virtual, bem como o Ring, campainha inteligente que funciona com uma câmera e um radar para detectar a presença de visitas domiciliares, estão sendo acusadas de violar a privacidades de clientes.
Entenda sobre os casos envolvendo a Alexa
Recentemente, a Federal Trade Commission (FTC), que atua em defesa dos consumidores, acusou ex-funcionários da empresa Ring de usar informações da companhia indevidamente para violação de privacidade envolvendo os usuários dos dispositivos. Além disso, os funcionários da Amazon, que não eram pessoas autorizadas a acessar os dados, também estavam liberados para ver todas as informações.
Outro processo mostrava que a Alexa gravava sons emitidos por crianças, violando a lei norte-americana de proteção à privacidade infantil. Ambas as ações geraram multas que somam US$ 30,8 milhões.
Segundo processo movido pela FTC, a big tech concedeu permissão aos funcionários para acessarem as gravações da Ring. A denúncia mostra que a situação ocorreu em 2017 com 81 clientes, incluindo imagens de banheiros e quartos. Outro fator mencionado no processo que chama atenção é que 55 mil consumidores sofreram ataques virtuais pela Ring no período de janeiro de 2019 a março de 2020 por causa de falhas básicas de proteção.
O caso da Alexa está relacionado à Lei de Privacidade Infantil dos EUA (COPPA), que não permite a coleta de informações de crianças menores de 13 anos sem autorização dos pais. O produto da Amazon é usado por cerca de 800 mil crianças hoje.
Na última quarta-feira, 31, a empresa fez um acordo para resolver as duas ações e deverá informar aos consumidores em breve sobre o que foi decidido. Sobre o caso da Alexa, em comunicado, a empresa afirma que pretende elaborar uma pequena modificação nas políticas de segurança e vai remover perfis infantis inativos por mais de 18 meses, exceto aqueles mantidos pelos pais.