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As mulheres têm um superpoder oculto que precisam aprender a liberar

Somos as narrativas da nossa vida: abraçando todas as histórias, inclusive as de superação, impulsionamos nossa carreira!



Ao refletirmos sobre superpoderes, imediatamente nossa imaginação nos transporta para super-heróis dotados de habilidades extraordinárias. No entanto, a realidade é que o verdadeiro superpoder pode emergir da vulnerabilidade, dos medos e dos traumas pessoais.

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Luciana Rodrigues, CEO da Grey Brasil e conselheira em várias organizações de destaque, revela – em artigo publicado no site da Forbes – que uma das formas mais eficazes de curar esses traumas está nos encontros com amigas. Esses momentos são verdadeiras injeções de vitalidade capazes de imunizar qualquer dor. Durante um desses almoços, chegou a perguntar para duas delas qual era o maior medo que tinham. A resposta foi unânime: perder o emprego.

Esse fato surpreendeu Luciana, pois diante de tantas possibilidades, o maior temor das mulheres era justamente perder o emprego. Isso nos leva a refletir sobre a insegurança que podem sentir em relação ao seu espaço profissional. Num mundo ainda dominado por líderes masculinos, elas podem questionar se realmente têm o direito de ocupar essas posições e desfrutar de suas conquistas.

Os perigos da “síndrome da impostora”

Um relatório global sobre liderança feminina, produzido pela consultoria KPMG em 2020, revelou dados interessantes:

  • 62% das mulheres expressaram preocupação por não corresponderem às expectativas culturais de suas empresas
  • 75% das executivas em cargos de liderança relataram ter enfrentado a chamada “síndrome da impostora” em algum momento de suas carreiras.

A “síndrome da impostora” é caracterizada por pensamentos que minam a confiança em si mesma e geram a sensação de que o sucesso alcançado não foi merecido. É como se uma voz irritante acompanhasse constantemente a pessoa, dizendo que ela é uma fraude e que, em breve, todos descobrirão isso. Essa sensação constante de ser desmascarado pode causar insegurança e medo.

Então, por que as mulheres têm essa constante sensação de não serem boas o suficiente? Essa é uma pergunta que Luciana Rodrigues, com sua vasta experiência, faz. Ela destaca a importância de lembrarmos que nossos sentimentos negativos podem nos ensinar valiosas lições quando deixamos de tentar reprimi-los.

Nós somos as nossas histórias e devemos usá-las em nossa carreira. E eu não estou falando das histórias de sucesso que postamos no LinkedIn ou no Instagram, mas das histórias de superação“, reforça.

Ela defende que devemos utilizar nossas experiências, inclusive aquelas de medo, vergonha, trauma, luto e fragilidade, em nossa carreira. Alguns exemplos: lidar com doenças físicas ou mentais próprias ou de familiares, ter familiares com problemas de dependência, não ter recebido o apoio necessário para se tornar uma adulta segura, perder entes queridos precocemente ou enfrentar relacionamentos abusivos.

O despertar do nosso superpoder

Para Luciana, são exatamente essas adversidades e desafios que nos tornam extraordinárias, nos transformam e mudam nosso caminho, e é aí que encontramos ou despertamos nosso superpoder.

Ela compartilha que as histórias mais difíceis que viveu foram as que mais a ensinaram. Recentemente, após passar por uma cirurgia de câncer de mama, se olhou no espelho e contemplou com orgulho suas muitas cicatrizes.

Elas são fruto de um processo de medo e sofrimento, mas de imenso aprendizado e provas de amor e força. Hoje, meu SUPERPODER é viver com mais intenção, estar presente em tudo o que faço. E sei que isso me faz uma líder melhor, com mais empatia, coragem e resiliência, olhando mais as necessidades e demandas do outro“, diz.

Luciana Rodrigues, uma voz influente no mundo corporativo, destaca que nossas marcas e cicatrizes, sejam elas físicas ou psicológicas, nos transformaram na pessoa que somos hoje. No entanto, muitas vezes desperdiçamos energia tentando escondê-las.

Uma vida não se mede por títulos e conquistas, mas pela jornada percorrida. E não existem dois caminhos iguais. Por isso, comparações são sempre vazias e injustas: cada um tem sua história, sua bagagem, seu lugar e seu propósito. E TODOS são importantes“, enfatiza.

Luciana conclui convidando cada pessoa a transformar suas dores, medos, traumas, lutos e fragilidades em seu superpoder. A coragem de cada indivíduo pode transformar suas vidas pessoais e profissionais, além de inspirar outras mulheres a abraçarem suas histórias e impactarem as gerações futuras.




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