Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA, realizaram um novo estudo a respeito das moscas de frutas. Segundo os resultados, quando esses insetos veem um indivíduo da mesma espécie morto, eles apresentam alterações importantes.
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Conforme observado pelos pesquisadores, as moscas expostas aos cadáveres tendem a envelhecer mais rápido. Além disso, elas também podem morrer mais rapidamente e passam a ser evitadas pelos outros insetos iguais.
Estudo sobre moscas surpreendeu os cientistas
O objetivo inicial da pesquisa era outro. Na verdade, os cientistas estavam analisando se as moscas desenvolviam maior imunidade ao estarem com outras doentes. Contudo, os resultados foram bem mais surpreendentes do que eles estavam imaginando.
Eles notaram que a morte de outras moscas de fruta influenciava diretamente na vida das que continuavam vivas. Por conta dessa descoberta, o tema do trabalho foi alterado. “Nosso laboratório há muito se interessa em saber como o cérebro controla o envelhecimento”, afirmou o biólogo Scott Pletcher ao jornal The New York Times.
Moscas vivas foram expostas aos cadáveres de outras e a atividade cerebral passou a ser monitorada pelos cientistas.
O artigo sobre o estudo foi publicado na revista PLOS Biology. Alguns neurônios específicos são ativados no cérebro dos insetos quando eles veem um exemplar da espécie sem vida. A atividade do cérebro que processa o sentido visual foi a que mais aumentou.
Animais evitados
Outros membros da mesma espécie começaram a evitar as moscas que tiveram contato com a morte. Seria como se elas recebessem uma marca de mau presságio.
Segundo as suposições, os animais podem acelerar o processo de reprodução para manter a espécie viva por mais tempo. Agora, o próximo passo é entender melhor as interações sociais e descobrir se é possível entender como humanos que presenciam a morte de comportam.
A pesquisa abre caminho para novas interpretações e novos estudos a respeito do tema. No entanto, os resultados surpreenderam muitos cientistas na área.