A empresa Kaspersky, especialista em segurança virtual, descobriu uma nova ameaça persistente avançada (APT) que consegue infectar dispositivos iOS, como iPhones e iPads, com um vírus espião. Até então, o malware utilizado pelos hackers era desconhecido e disseminado pelo iMessage. A principal característica era que a vítima não precisava fazer absolutamente nada para ter o seu dispositivo infectado, nem sequer clicar em um link suspeito.
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O malware funcionava da seguinte forma: a vítima recebe uma mensagem no iMessage com um anexo contendo o vírus, que utilizará a vulnerabilidade no iOS para ser baixado no sistema. Com isso, a infecção do aparelho é praticamente imediata, logo não é necessário que o usuário faça algo para que o trojan seja baixado.
Em seguida, esse malware irá executar um código dentro do sistema iOS para ganhar privilégios de administrador do sistema. Dessa forma, ele passa a ter total controle sobre o dispositivo infectado. Assim que a invasão for concluída, tanto a mensagem quando o malware são excluídos automaticamente para cobrir os seus rastros.
Vítimas não percebem o ataque do vírus
Ao ter acesso ao aparelho da vítima, ele silenciosamente transmite as gravações do microfone, fotos de aplicativos de mensagens, localização e dados sobre diversas outras atividades da vítima no aparelho ao seu criador.
“Quando se trata de cibersegurança, mesmo os sistemas operacionais mais seguros podem ser comprometidos”, explicou Igor Kuznetsov, chefe da unidade EEMEA do Global Research and Analysis Team (GReAT) na Kaspersky.
Até o momento, a investigação da Kaspersky está em fase inicial, dessa forma, não é possível saber se o malware já está sendo amplamente espalhado pelos aparelhos da Apple. De toda forma, vale manter a atenção de quais arquivos são mantidos nos celulares e iPads.
É recomendado não deixar nenhum arquivo comprometedor ou importante nos aparelhos.