Recentemente, muitos fãs tiveram uma dor de cabeça daquelas ao tentar comprar um ingresso para o show de Taylor Swift. Os ingressos para os três shows anunciados pela cantora esgotaram em menos de uma hora. Para se ter uma ideia, a atração prevista em São Paulo obteve uma fila virtual de 1,6 milhão de dispositivos conectados na última segunda-feira, 12.
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O fato deixou a tarefa de conseguir um ingresso um verdadeiro desafio, mas essa não é uma situação isolada e costuma acontecer em diversos shows internacionais. Com isso, os consumidores ficam a merce dos cambistas e sites paralelos que cobram preços abusivos. Como a situação pode ser evitada? Confira ao longo do texto.
Situação já aconteceu em outros shows internacionais
Em entrevista ao portal Olhar Digital, o especialista em tecnologia Arthur Igreja explicou por que isso acontece. Os preços exorbitantes são impulsionadas principalmente em momentos em que a demanda por ingressos é bem alta, superando a oferta, deixando as condições de cobranças elevadas mais fáceis para os cambistas.
No caso envolvendo os shows da Taylor Swift, o site oficial disponibilizava o ingresso por R$ 600, contudo a meia-entrada custava R$ 325. Um site internacional de revenda comercializava as entradas na pista, do show previsto para ocorrer no Rio de Janeiro, por R$ 2 mil.
Uma situação similar ocorreu com os fãs do Coldplay e do Red Hot Chili Peppers. As entradas chegavam a ser oito vezes mais caras do que o preço oficial.
O especialista afirma que uma alternativa para evitar os preços salgados é rastrear quem já adquiriu os bilhetes. Ferramentas, como a blockchain e NFTs, podem ajudar nessa tarefa. Isso, é claro, tudo para impedir o cambismo digital. Ainda segundo o especialista, o uso de ingressos baseados em NFT possibilitaria a identificação imediata de quem está comparecendo ao evento.
Ele observou que a indústria de eventos tem permanecido praticamente estagnada ao longo dos anos, com poucas e lentas mudanças. Isso significa que a forma de comprar ingressos, o funcionamento e a tecnologia envolvida, ainda se assemelham ao que era visto há 15 anos. Por isso, esse seria um dos primeiros passos para evitar os cambistas.