A educação e criação das crianças têm passado por grandes transformações nos últimos anos. É inegável que o avanço tecnológico e as mudanças na sociedade têm moldado o comportamento das novas gerações. No entanto, essa transformação não ocorre sem consequências, e uma professora de Harvard está chamando a atenção para um problema que considera assustador: crianças estão se tornando “pessoas que agem como robôs“.
Leia mais: Bill Gates faz previsão sobre Inteligência Artificial que afetará as crianças
Rebeca Rolland, psicóloga e professora renomada, levanta questões importantes sobre os costumes atuais na criação dos filhos. Em seu livro recente, “A Arte de Conversar com Crianças”, ela explora a importância do diálogo para estimular a criatividade e fortalecer os laços familiares. Para ela, há uma falta de conversas profundas entre pais e filhos, e é aí que reside o cerne do problema.
Recomendações da especialista
Rolland destaca a importância de dedicar tempo para conversas significativas e de escuta plena. Ela acredita que esses momentos cotidianos podem ser oportunidades valiosas de aprendizado e de melhoria das nossas vidas. No entanto, em meio à correria do dia a dia e à busca por conquistas e desempenho, muitas vezes nos esquecemos do verdadeiro significado da infância e do processo de aprendizado.
Rolland ressalta a importância de se reconectar com as crianças e de valorizar sua fase de desenvolvimento. Ela defende que devemos enxergar além das realizações e prestar atenção ao simples ato de ser uma criança, uma pessoa em constante aprendizado. Para ela, é crucial reservar momentos de conversas sem propósito prático, apenas para expandir os pensamentos e viver o presente.
A professora adverte que não podemos simplesmente ignorar o que essa geração está absorvendo, ou deixando de absorver. Precisamos olhar para o que está acontecendo e buscar melhorias. É fundamental que pais e responsáveis estejam presentes, estimulando criatividade, autoexpressão e desenvolvimento emocional.
O alerta da professora de Harvard nos convida a refletir sobre a forma como estamos criando nossas crianças e a importância de promover um ambiente de diálogo e afeto, onde elas possam se expressar livremente e se desenvolver de maneira saudável e autêntica.