Dólar tem alta para R$ 4,79 após indicação de possível corte de juros pelo BC

Moeda norte-americana fechou a terça-feira com alta de 0,67%, cotada a R$ 4,798 na compra e R$ 4,799 na venda.



O dia de ontem (27) foi agitado para o mercado financeiro, que ficou balançado com as indicações presentes na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. O colegiado manteve a Selic em 13,75% ao ano, mas sinalizou possíveis cortes a partir de agosto.

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A sinalização de que o BC pode reduzir os juros do país ajudou o dólar à vista fechar a terça-feira em alta de 0,67%. No exterior, o cenário foi predominante negativo para a moeda norte-americana.

O dólar comercial terminou a sessão cotado a R$ 4,798 na compra e R$ 4,799 na venda. Às 17h13 (de Brasília) de ontem, o dólar futuro avançava 0,61%, a R$ 4,7990.

Cenário do dia

Na manhã de terça, a divisa chegou a apresentar queda de 0,32%, chegando à mínima de R$ 4,7510. Essa era a tendência observada nos últimos dias não só no Brasil, mas também no exterior, onde a moeda também registrava desvalorização.

Por volta das 10h, o dólar saiu da zona negativa. O movimento foi impulsionado pela divulgação da ata da última reunião do Copom do BC e o resultado do IPCA-15, considerado a prévia da inflação brasileira.

Os dois resultados indicam que o corte de juros deve começar em agosto. Para o mercado, a autoridade monetária adotou um tom mais ameno no último comunicado.

Selic e IPCA

Segundo a ata divulgada pelo colegiado “a avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”.

No caso do IPCA-15, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a prévia da inflação voltou a desacelerar em junho para o nível mais baixo em nove meses. No acumulado de 12 meses, a alta é de 3,40%, menor patamar desde setembro de 2020 (2,65%).

“No início do dia, o dólar acompanhou lá fora, onde a divisa estava se desvalorizando. Depois veio o IPCA-15, sugerindo corte de juros já em agosto. E a ata também veio no sentido de corte de juros”, explicou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora.




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