A Virgin Galactic realiza nesta quinta-feira (29) seu primeiro voo comercial ao espaço. O objetivo da missão, denominada Galactic 01, é realizar pesquisas sobre ambientes de microgravidade.
Leia também: Inacreditável: OceanGate mantém anúncio de 2 viagens ao Titanic em 2024
Apesar de ser o primeiro voo comercial e com finalidade científica e não só turística, este não é o primeiro voo da Virgin Galactic. O teste inicial ocorreu em 2021 com um voo suborbital com o bilionário Richard Branson, dono da marca.
Além do teste em 2021 e do voo de hoje, a empresa já tem outro voo programado para agosto e planeja levar turistas ao espaço mensalmente. As passagens para voos espaciais foram encontradas por US$ 450 mil (aproximadamente R$ 2 milhões) cada uma.
Primeiro voo comercial da Virgin Galactic levará equipe italiana
O primeiro voo comercial da Virgin Galactic terá um propósito científico. Serão três integrantes da Força Aérea Italiana e do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, que conduzirão pesquisas sobre microgravidade durante o voo.
A empresa ainda não divulgou detalhes sobre a segunda missão comercial, chamada de Galactic 02, prevista para agosto.
A missão contará com quatro passageiros e dois pilotos. São eles:
- Walter Villadei, coronel da Força Aérea Italiana, que utilizará um traje de última geração capaz de coletar dados biométricos e respostas biológicas;
- Angelo Landolfi, tenente-coronel e médico da Força Aérea Italiana, responsável por testes de desempenho cognitivo e sobre a mistura de líquidos e sólidos em ambiente de microgravidade;
- Pantaleone Carlucci, engenheiro do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, que realizará testes com sensores para examinar métricas como frequência cardíaca e função cerebral;
- Colin Bennett, instrutor de astronautas da Virgin Galactic, que treinou a equipe de passageiros e avaliará a experiência de voo durante a missão;
- Miske Masuccio, comandante aposentado da Força Aérea dos Estados Unidos, com mais de 10 mil horas de experiência em pilotagem; e
- Nicola Pecile, piloto aposentado da Força Aérea Italiana, com mais de 7 mil horas de experiência em voo.
Além dos passageiros, duas pessoas estarão a bordo da VMS Eve, a “nave-mãe” que transporta os passageiros até uma determinada altitude e depois se separa da nave em que eles estão. Na VMS Eve estarão a comandante Kelly Latime e o piloto Jameel Janjua.
Embora o valor exato dos voos não tenha sido divulgado, a Virgin Galactic começou a vender passagens por US$ 450 mil em novembro de 2021, sendo necessário um depósito inicial de US$ 150 mil para garantir a reserva e o pagamento integral antes do voo.
Anteriormente, entre 2005 e 2013, a empresa vendeu 600 passagens com preços mais “acessíveis”, variando entre US$ 200 mil e US$ 250 mil.
Os voos da Virgin Galactic serão suborbitais, ou seja, não ultrapassarão a atmosfera terrestre. Durante o voo de Richard Branson, a aeronave alcançou uma altitude de 89 quilômetros, ligeiramente acima dos 80 quilômetros que os Estados Unidos consideram como o “início” do espaço. Os voos da Blue Origin, empresa de Jeff Bezos, também são suborbitais, mas atingem mais de 100 quilômetros acima do nível do mar, na chamada Linha de Kárman, que é a definição internacionalmente reconhecida do início do espaço.
A nave utilizada pela Virgin Galactic é o modelo SpaceShip Two, conhecido como VSS Unity durante a missão de Richard Branson. Em vez de um foguete, a empresa opta por utilizar um avião que é transportado até uma certa altitude pelo “porta-aviões” VMS Eve.
Após o desacoplamento, os motores do avião são acionados e ele completa o voo de forma independente. Durante o voo de Branson, o avião se soltou a uma altitude de 15 quilômetros e, em seguida, seguiu em direção ao limite da atmosfera.