Cerca de 200 funcionários do setor de podcasts estão sendo demitidos pelo Spotify. Eles representam 2% da força de trabalho global da companhia. Em uma nota emitida nesta segunda-feira, 5, a empresa afirma que “tomou a decisão difícil, mas necessária, de fazer um realinhamento estratégico” no departamento de podcast.
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Sendo assim, o grupo incluiu a fusão dos estúdios Parcadst e Gimlet Media em um só na lista de justificativas para as demissões. “Estamos expandindo nossos esforços de parceria com os principais podcasters de todo o mundo com uma abordagem personalizada otimizada para cada programa e criador”, explicou a vice-presidente do Spotify, Sahar Elhabasi. Além disso, a vice-presidente ainda afirmou o seguinte sobre essa decisão: “Fundamental de uma proposta mais uniforme que nos permitirá apoiar melhor a comunidade de criadores”.
Investimento do Spotify no setor de podcasts foi alto
Em 2019, o Spotify decidiu redesenhar o seu aplicativo para dar ênfase aos podcasts, logo acabou gastando mais de R$ 500 milhões em estúdios que produziam o material. Assim, a empresa apostou na criação de podcasts exclusivos, como “The Joe Rogan Experience”; contudo, o número de programas exclusivos na empresa só tem diminuído.
Desse modo, os acordo com a especialista em autoajuda Brené Brown, a jornalista esportiva Jemele Hill e os contratos com Barack e Michelle Obama, estão todos próximos do fim. De acordo com os números divulgados pela empresa, o Spotify tem 100 milhões de ouvintes, logo é a plataforma principal de podcasts nos Estados Unidos.
Segunda rodada de demissões em 2023
Vale ressaltar que essa não é a primeira rodada de desligamentos feita pelo Spotify neste ano. Em janeiro, cerca de 6% de sua força de trabalho global foi demitida. O motivo foi a decisão da empresa de desacelerar nos gastos com publicidade.
“Como muitos outros líderes, esperava sustentar os fortes ventos favoráveis da pandemia e acreditava que os nossos amplos negócios globais e o menor risco do impacto de uma desaceleração nos anúncios nos isolariam. Em retrospecto, eu fui muito ambicioso em investir antes do crescimento de nossa receita”, afirmou o CEO do Spotify, Daniel Ek, na época das demissões.