Parece que o ChatGPT, inteligência artificial (IA) desenvolvida pela OpenAI, está longe de ficar livre das polêmicas. Dessa vez, a startup recebeu um comunicado em tom de aviso do órgão regulador de privacidade do Japão. O recado diz respeito à coleta de dados dos usuários japoneses. Entenda essa história.
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Na última sexta-feira, 2, a Comissão de Proteção de Informações Pessoais do país expressou preocupação sobre como as informações estão sendo recolhidas e ainda pediu para que esse processo não seja feito sem o consentimento dos internautas. Após o envio do comunicado, a impressão que ficou é que o clima criado não é dos melhores.
Em seu texto, a instituição pediu para a quantidade de dados confidenciais coletados para a sequência de treinamentos de aprendizado de máquina fosse reduzido. O anúncio ainda destaca que outras medidas serão adotadas, se o assunto continuar gerando preocupação ou se a OpenAI desrespeitar os limites estabelecidos.
Privacidade dos usuários é a principal preocupação do Japão
Segundo a empresa de análise Similarweb, o Japão ocupa o terceiro lugar como uma das principais fontes de tráfego para o site da OpenAI. Apesar de o país não estar acompanhando de maneira ágil as novidades do setor da tecnologia, a região é vista pela indústria como a mais entusiasmada quando o assunto é inteligência artificial.
Embora o Japão tenha interesse nas novidades do mercado, o órgão regulador defende a ideia de ter cautela com os recursos da IA generativa e com a sua relação com a privacidade dos usuários. Nos últimos dias, diversos especialistas da área expressaram preocupação com as ferramentas, sobre elas serem ou não capazes de promover um risco para a humanidade. Parece que as autoridades japonesas compartilham a mesma preocupação.
Para eles, o desenvolvimento acelerado e como isso pode até mesmo afetar o modo como lidamos com os impactos das mudanças climáticas é motivo de apreensão. O país não é o único desse contexto que tenta acompanhar de perto as atividades da OpenAI. Órgãos reguladores de todo o mundo estão correndo contra o tempo para determinar regras que estabeleçam limites de uso e controle sobre a IA.
Na Europa, por exemplo, um projeto de lei sobre o assunto foi aprovado, chamado de Lei de IA da União Europeia. Estados Unidos e Austrália estão seguindo o mesmo movimento de regulamentação. As informações são da Reuters.