Minha Casa, Minha Vida: proposta quer permitir financiamento de eletrodomésticos

Fabricantes defendem a inclusão de complemento para financiamento de itens essenciais da linha branca, como geladeira e fogão.



A Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória (MP) que recriou o Minha Casa, Minha Vida, programa habitacional do governo federal. O texto aprovado não inclui a emenda que inclui o financiamento de eletrodomésticos da linha branca, como geladeira, fogão e máquina de lavar roupa.

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Agora, o setor defende que o complemento seja aprovado para que esses itens também possam ser financiados por meio do programa. A ideia é impulsionar a indústria, que passa por um período de queda na demanda.

A fabricação de eletrodomésticos no Brasil recuou 7,3% em 12 meses até abril, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já as vendas do varejo diminuíram 1,5% no mesmo período.

Financiamento de eletrodomésticos

De autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), que teve o mandato cassado e recorre da decisão, a emenda não foi incluída na MP aprovada na Câmara. O documento não contém estimativas do custo da medida ou de seus benefícios para o país.

O setor, no entanto, acredita que o impacto na economia seria positivo. “Nós apoiamos a emenda […] que inclui o trecho sobre a provisão financiada de eletrodomésticos essenciais ao programa, não só pelo olhar humanitário sobre a sociedade, oferecendo mais qualidade de vida e dignidade para essas famílias, mas também ao estímulo à economia, geração de emprego, renda e arrecadação do setor”, afirma Eduardo Vasconcelos, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Whirlpool para a América Latina.

Segundo Vasconcelos, o setor teve o pior volume de vendas para o segmento em 2023. Ele afirma ainda que a “demanda em outros mercados da América Latina já está apresentando recuperação”, mas a do Brasil não acompanha a tendência.

Diálogo continua

A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) informou em nota que tem buscado o diálogo com o governo federal e o Congresso Nacional para incluir a proposta no Minha Casa, Minha Vida.

“A partir de um diálogo propositivo, temos apresentado argumentos técnicos sobre os ganhos econômicos e sociais que esta ampliação do programa traria aos seus beneficiários. Isso seria de fato o amadurecimento do programa”, afirma a entidade.

“O Brasil tem um dos maiores programas habitacionais populares, mas é um dos poucos que não contempla os eletrodomésticos aos beneficiários. Portanto, o Minha Casa, Minha Vida, com a inclusão dos eletrodomésticos, amadurecerá e trará ganhos sociais e econômicos ao país, posto que poderá dar um incremento relevante na economia e na geração de emprego e, principalmente, garantirá a melhoria na qualidade de vida da população mais carente beneficiária do programa”, completa.




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