Essa surpreendeu muita gente: a Netflix tem colhido frutos positivos após tomar medidas para reprimir o compartilhamento de senhas entre usuários, pelo menos fora do Brasil. A empresa de streaming observou um aumento de novos assinantes nos Estados Unidos de forma significativa logo após mudar suas regras.
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E tem mais! Desde o início da repressão ao compartilhamento de senhas, no dia 23 de maio, as ações da Netflix subiram aproximadamente 13%.
Essa iniciativa é uma resposta aos dois trimestres consecutivos de perda de assinantes enfrentados pela empresa em 2022, algo inédito em sua história. Embora a base de assinantes tenha voltado a crescer desde então, o ritmo de crescimento é mais lento do que durante a pandemia.
Diante desse cenário, a Netflix encontrou uma solução ao implementar cobranças adicionais para assinaturas que praticam o compartilhamento de senhas, algo que ela já vinha “ameaçando” fazer há um tempo.
Aumento de novos assinantes nasce da pressão contra os “compartilhadores”
Aproximadamente 100 milhões de pessoas ao redor do mundo assistem a séries e filmes do serviço utilizando senhas emprestadas. Agora, nos planos Padrão e Premium, que permitem o uso em várias telas simultaneamente, a empresa cobra uma taxa mensal de R$ 12,90 por assinante adicional.
Essa nova política de cobrança é mais vantajosa para os usuários brasileiros em comparação com a assinatura individual mais barata, que é o plano “Padrão com anúncios” no valor de R$ 18,90. Portanto, a medida visa desencorajar o compartilhamento de senhas e incentivar a assinatura individual de cada usuário, garantindo um aumento na receita da empresa.
Apesar de ter sido muito criticada inicialmente, a estratégia mostra que a Netflix está buscando maneiras de fortalecer sua base de assinantes e combater a perda de receita. Nada mal em um cenário cada vez mais competitivo.