A Inteligência Artificial (IA) é um conceito que está cada vez ganhando mais popularidade na medida que mais recursos e programas são disponibilizados ao público.
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Nesse sentido, estamos em uma corrida das inteligências artificiais enquanto diversas empresas de tecnologia investem pesado no que, muito possivelmente, será a ferramenta do futuro. Porém, existem riscos? Um robô diz que sim.
Como seria o pior dos cenários do uso da I.A, conforme dito pelo robô humanoide?
Durante o International Conference on Robotics and Automation symposium (Simpósio da Conferência Internacional sobre Robótica e Automação), um evento realizado em Londres no último dia 29, uma fala vinda de um robô humanoide chamou a atenção de todos.
Ameca, um robô humanoide – também movido a Inteligência Artificial – considerado o mais avançado do mundo, de acordo com seus designers, descreveu um cenário de IA aterrorizante. Ela respondeu às perguntas usando o ChatGPT, da OpenAI.
Will Johnson, CEO da Engineered Arts, a empresa responsável pela fabricação do robô Ameca, pediu para que ela imaginasse um cenário de pesadelo de IA.
“O cenário mais assustador que posso imaginar com IA e robótica é um mundo onde os robôs se tornaram tão poderosos que são capazes de controlar ou manipular humanos sem o seu conhecimento”, foi dito por Ameca.
Conhecida também por suas expressões faciais realistas, Ameca reagiu à solicitação de seu chefe com um olhar estranho, esboçando preocupação em seu rosto.
Ela prossegue: ‘Isso pode levar a uma sociedade opressiva onde os direitos dos indivíduos não são mais respeitados.’
Na terceira solicitação o criador indagou se ela pensava haver algum risco desse cenário acontecer agora.
“Ainda não. Mas é importante estar ciente dos riscos e perigos potenciais associados à IA e à robótica. Devemos tomar medidas agora para garantir que essas tecnologias sejam usadas com responsabilidade, a fim de evitar consequências negativas no futuro.”
Especialistas já alertam sobre o risco da I.A
Por mais que possa parecer assustador escutar algo assim vindo de um robô equipado com inteligência artificial, não é surpresa. A OpenAI já publicou em seu blog oficial um pedido pela regulamentação internacional de inteligências artificiais “superinteligentes”. Para os fundadores do negócio, as IAs precisam de um órgão regulador equivalente ao nível da Agência Internacional de Emergência Atômica.
Anteriormente, em março, diversas figuras do ramo tecnológico se juntaram pedindo uma pausa na OpenAI, inclusive Elon Musk, mediante uma carta aberta que pedia a pausa no desenvolvimento de IA. Yoshua Bengio, vencedor do Prêmio Turing, também assinou a carta.
Por mais que a carta não tenha ido adiante, é falado que “A pesquisa e o desenvolvimento de IA devem ser reorientados para tornar os sistemas avançados e poderosos de hoje mais precisos, seguros, interpretáveis, transparentes, robustos, alinhados, confiáveis e leais.”
Por outro lado, ao contrário do que a Ameca projeta em um cenário aterrorizante, a carta fala dos dois lados do uso da ferramenta.
“A humanidade pode desfrutar de um futuro próspero com IA. Tendo conseguido criar poderosos sistemas de IA, agora podemos desfrutar de um ‘verão de IA’ no qual colhemos os frutos, projetamos esses sistemas para o claro benefício de todos e damos à sociedade uma chance de se adaptar.”