A pareidolia é o nome do famoso fenômeno de enxergar formas e rostos em objetos do cotidiano. Ela, na realidade, nada mais é do que uma manifestação psicológica muito curiosa. A sua origem vem da maneira como o nosso cérebro interpreta o mundo. Veja mais detalhes sobre esse “dom” que sempre foi um mistério.
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O que a ciência diz sobre a pareidolia?
Enxergar rostos nas tomadas, desenhos nas nuvens ou silhuetas nas gotas de chuva contra uma janela é algo extremamente comum. Na realidade, esse fenômeno conhecido como pareidolia é um tipo de ilusão de ótica, onde o cérebro identifica padrões bem conhecidos, como rostos, para fugir do desconhecido.
Algo assim acontece mesmo quando os “rostos” são encontrados em locais onde certamente não estariam presentes, como no caso das nuvens. Isso, porque o cérebro humano é extremamente especializado na identificação de rostos e padrões faciais, uma característica essencial para as interações sociais.
Segundo um estudo publicado na revista científica “Nature Neuroscience”, o cérebro é capaz de reconhecer rostos em apenas cem milissegundos. Além disso, consegue combinar isso à tendência do órgão de interpretar informações de forma subjetiva, utilizando-se de experiências anteriores como referência. Dessa forma, uma pessoa muito religiosa poderia ter mais facilidade de enxergar o formato da Virgem Maria em uma poça de água, por exemplo.
A neurociência da pareidolia
O fenômeno da pareidolia está diretamente ligado ao funcionamento precoce da região cerebral, conhecida como “córtex fusiforme facial”, que é ativada durante a percepção de rostos, ou seja, a ativação prematura dessa região não permite que a informação gerada seja completamente processada, então cria um viés cognitivo onde o cérebro, numa tentativa de realizar a identificação, busca padrões e características semelhantes a outras já conhecidas.
Sendo assim, trata-se de um fenômeno perfeitamente comum, que é causado apenas pela forma como o nosso cérebro processa e reconhece padrões e as informações do mundo. Ele também é grandemente influenciado pelos conhecimentos prévios de cada pessoa, como religião, crenças e cultura.