A forma como gerenciamos nosso dinheiro e acumulamos riqueza está intrinsecamente ligada à nossa personalidade, de acordo com uma nova pesquisa no campo da psicologia.
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O estudo intitulado “Personalidade e Riqueza”, escrito por Mark Fenton-O’Creevy e Adrian Furnham, revelou que pessoas diligentes, organizadas e trabalhadoras tendem a ter níveis mais elevados de riqueza, mesmo quando fatores como educação e outros aspectos são levados em consideração.
Os pesquisadores focaram nos traços de personalidade conhecidos como “Big Five”, que são:
- Abertura à experiência: curiosidade e mente aberta
- Conscienciosidade: organização e responsabilidade
- Extroversão: sociabilidade e energia
- Amabilidade: estabilidade emocional
- Neuroticismo: níveis de ansiedade
Personalidade e prosperidade: descubra a conexão com a riqueza
Ao analisar um conjunto de dados do Reino Unido com mais de 3.000 participantes, os pesquisadores descobriram associações entre traços de personalidade, características demográficas e indicadores de prosperidade, como economias, propriedades, investimentos e itens valiosos.
Eles constataram que a característica de ser consciente está intimamente relacionada a todas essas formas de riqueza, sugerindo que indivíduos diligentes e organizados tendem a possuir mais recursos.
Um achado surpreendente foi que a conscienciosidade se mostrou um fator mais importante para a acumulação de riqueza do que a própria educação. Embora a educação esteja frequentemente associada a empregos melhores e renda mais alta, descobriu-se que uma atitude consciente é fundamental para a gestão dos gastos, economias e decisões de investimento.
Por outro lado, o neuroticismo apresentou uma relação negativa com a riqueza, indicando que pessoas com níveis mais elevados de ansiedade tendem a ter menos recursos financeiros. Além disso, o neuroticismo também afetou negativamente o sucesso no trabalho, que é uma importante fonte de renda.
Outro achado interessante foi a relação entre extroversão e renda. Embora pessoas extrovertidas possam ganhar mais, a pesquisa mostrou que elas tendem a gastar impulsivamente e tomar decisões de investimento menos acertadas.
Essas descobertas têm implicações significativas para profissionais e consultores financeiros. Compreender a influência da personalidade nos resultados monetários permite adaptar os serviços e orientações às necessidades individuais.