PIX: como o modelo de pagamento se tornou o ‘queridinho’ dos brasileiros?

Modalidade mexe com o sistema financeiro e hoje já ultrapassa o uso de cartões de crédito e boletos.



Enquanto alguns modelos financeiros são conhecidos por sua tradição, como é o caso da Suíça, outros se fortalecem pela pujança, a partir de milhares de bancos em operação, que é o caso dos Estados Unidos.

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Já no caso do mercado brasileiro, mesmo com um histórico de bom uso da tecnologia, nunca houve um evento capaz de chamar atenção exterior. Nesse sentido, a primeira oportunidade que coloca o Brasil no mapa internacional financeiro é o uso do Pix.

Isso porque, em apenas dois anos e meio, a ferramenta caiu no gosto dos brasileiros, assim como se transformou em objeto de estudo do mercado de finanças mundo afora. Prova disso é que muitos países têm marcado viagens ao Brasil para entender, junto ao Banco Central, como o sistema funciona e as revoluções econômicas decorrentes do uso da ferramenta.

Dados

No dia 31 de maio, o Banco Central divulgou que o Pix foi responsável por 29% de todas as transações registradas no país. Em 2021, a mesma modalidade de pagamento representou apenas 16% do total de movimentações.

Na prática, esse novo modelo de transação digital instantâneo fez com que o brasileiro deixasse para trás o uso de cartões de crédito, débito ou boletos. Diante deste cenário, até abril deste ano, o Pix já tinha mais de 147 milhões de adeptos e mais de 600 milhões de chaves cadastradas.

Como consequência, os saques de dinheiro em agências bancárias e terminais de autoatendimento caíram de 3 trilhões de reais, em 2019 para 2,1 trilhões de reais no último ano. Na prática, tais números refletem uma diminuição de 30%.

Dificuldades

Apesar da facilidade do uso do Pix, a ferramenta também trouxe algumas dores de cabeça para os brasileiros. Uma delas não tem ligação direta ao funcionamento da ferramenta, mas traz prejuízos ao cidadão: o roubo de celulares destravados e até mesmo sequestros relâmpagos com foco na transferência de grandes montantes de dinheiro em pouco tempo.

Por isso, foi necessária a adoção de algumas medidas, dentre elas o limite para transações noturnas.

Simplicidade

Assim, pode-se afirmar que a grande chave do sucesso do Pix é a simplicidade. Na prática, o sistema atraiu o brasileiro pela sua facilidade de uso e baixo custo de transação. Além disso, o fato de a transferência ser instantânea e sem taxas para pessoas físicas também se colocou como uma grande vantagem.

Mesmo no caso de pessoas jurídicas, a taxa por transação é R$ 0,69. O valor é irrisório perto às cobranças de bandeiras de cartão de crédito, que chegam, por exemplo, a 2% do valor da venda. Por fim, é este cenário que explica a migração em massa dos pequenos comerciantes para a modalidade, incluindo ambulantes.

Já no caso dos grandes varejistas, o Pix se coloca como uma oportunidade para aposentar os boletos, uma vez que a compensação de tais documentos demora dias.

Mercado internacional

Todo esse cenário de inovação, junto à velocidade de implantação do sistema tem chamado atenção do cenário internacional. Agora, a expectativa é que a plataforma brasileira seja, aos poucos, integrada a sistemas de outros países.




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