Prepare-se: conta de luz terá aumento médio de 6,9% até 2024

Apesar do reajuste significativo, Aneel prevê a manutenção da bandeira verde, que não aplica taxa extra.



O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, informou que a tarifa de energia elétrica dos brasileiros deve ficar 6,9% mais cara em 2023. Esse é o percentual médio de reajuste, já que ele varia conforme o local do país.

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A maior alta está prevista para o Norte, onde a conta de luz pode disparar 17,6%. O Nordeste está em segundo lugar, com aumento médio de 7,9%. A lista segue com Centro-Oeste (6,5%), Sudeste (5,7%) e Sul (4,5%).

O reajuste na tarifa de energia dos consumidores é feito anualmente, na data do aniversário de concessão do serviço. A conta de luz dos brasileiros inclui os custos de distribuição, transmissão e geração, além dos encargos do setor, que têm crescido bastante nos últimos anos.

“O Brasil hoje é um país da energia barata, mas tarifa cara”, disse Feitosa.

Bandeira tarifária

O diretor-geral da Aneel também antecipou que os consumidores não precisarão se preocupar com a bandeira tarifária, já que ela deve continuar verde no próximo ano.

“Já estamos desde o ano passado sem acionamento das bandeiras. Este ano não teremos acionamento das bandeiras e temos boas perspectivas para o ano que vem. Isso dá uma melhor percepção para o consumidor”, afirmou o executivo.

As bandeiras tarifárias foram criadas para indicar os custos de produção de energia no Brasil e reduzir o efeito do aumento nos custos de geração para as distribuidoras. Em vigor desde abril de 2022, a bandeira verde não prevê a aplicação de nenhuma taxa adicional na conta.

Inflação reforça previsão

A previsão anunciada pelo diretor-geral encontra respaldo nos índices da inflação, que estão desacelerando nos últimos meses. Dependendo do contrato de concessão, a tarifa pode ser reajustada com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ou no IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado).

Cerca de 88,3% dos contratos estão indexados ao IPCA, contra 11,7% que utilizam o IGP-M.

O IPCA deve chegar a 4,10% no acumulado dos últimos 12 meses, conforme previsão do mercado no último Boletim Focus. Já o IGP-M teve deflação de 4,47% no mesmo período. Esses percentuais serão aplicados nos reajustes.




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