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Taxa Selic: Copom mantém juros a 13,75% ao ano pela 7ª vez consecutiva

Confirmando a expectativa dos economistas, comitê do Banco Central não altera a taxa básica de juros, hoje em 13,75% ao ano.



O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano. A decisão já era esperada pelos especialistas, apesar das pressões do governo federal por uma redução no patamar.

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Essa foi a sétima vez consecutiva em que a taxa foi mantida no mesmo nível desde que chegou ao patamar atual, sendo a quarta vez somente em 2023. Segundo o Copom, o cenário atual pede “cautela e parcimônia”.

“A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia”, disse em comunicado divulgado após a reunião.

Sem surpresas

As últimas reuniões do colegiado não geraram nenhuma surpresa para o mercado, que prevê que essa será a última ocasião em que a Selic é mantida inalterada. Enquanto isso, o Ministério da Fazenda enxerga a redução da taxa como essencial para a retomada do crescimento econômico.

Nos últimos encontros, todos os oito diretores do Copom votaram em unanimidade. A última vez em que isso não ocorreu foi em setembro do ano passado, quando dois deles defenderam um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa, mas a maioria decidiu mantê-la em 13,75% (onde está desde agosto de 2022).

Entretanto, com a nomeação de Gabriel Galípolo (diretoria de política monetária) e Ailton dos Santos (diretoria de Fiscalização) pelo presidente Lula, essa unanimidade deve mudar. A sabatina para aprovação dos nomes pelo Senado está marcada para o próximo dia 27, o que significa que eles já deverão estar na mesa na reunião do colegiado em agosto.

Corte sustentável

No comunicado emitido após a reunião de maio, o Copom apontou incertezas geradas pelo novo arcabouço fiscal, que ainda não havia passado pela Câmara. Analistas acreditam que as expectativas de aprovação no Senado devem contribuir com a redução da taxa em um futuro próximo.

“O corte de juros precisa ser sustentável. Para tal, é necessário que vejamos melhorias estruturais na economia brasileira, capazes de impactar positivamente a expectativa de inflação. O novo arcabouço fiscal é uma mudança estrutural que mostrou ter efeito sobre as expectativas”, pontua o diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart, André Meirelles.




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