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Taylor Swift no Brasil: como funciona a fila virtual que os cambistas burlam?

Soluções contra cambistas são estudadas e implementadas após fraudes e revolta com a turnê da Taylor Swift no Brasil.



A venda de ingressos para shows de artistas muito famosos tem se tornado um verdadeiro drama para os fãs. Filas virtuais intermináveis, ingressos esgotados em poucos minutos e a atuação sofisticada dos cambistas têm causado tristeza e frustração. No caso da turnê da Taylor Swift no Brasil, a prática do cambismo gerou revolta e ações até mesmo de parlamentares.

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A prática ilegal de comprar ingressos para revendê-los a preços exorbitantes tem sido um problema tanto nas filas presenciais quanto nas vendas online. Diante disso, eventos ao redor do mundo têm testado diferentes alternativas para combater os cambistas.

No sistema de fila virtual, adotado em muitos eventos, as pessoas recebem senhas que indicam sua posição na fila. No entanto, a ordem de entrada não é estritamente baseada na chegada, tornando o processo quase aleatório.

Os cambistas utilizam robôs para burlar o sistema, agindo rapidamente e preenchendo os dados necessários para a compra. Além disso, eles contam com softwares que ajudam a evitar a verificação de que são pessoas reais realizando a compra.

Produtoras tentam barrar cambistas durante passagem da Taylor Swift no Brasil

Por conta dos problemas recorrentes, as empresas têm buscado medidas para combater os cambistas, como o uso de captcha, limitação de compra por CPF, cadastramento prévio com validação de dados pessoais, limitação de pedidos simultâneos e o emprego de filas virtuais com tempo limite para a compra.

Além disso, são utilizadas plataformas antifraude e são feitos alertas aos clientes sobre canais não oficiais de compra e riscos na aquisição de ingressos revendidos.

Com o avanço das soluções, a estratégia dos cambistas também avança. Algumas tecnologias têm sido testadas ao redor do mundo para lidar com esse problema. A Fifa, em eventos como a Copa do Mundo, possui uma plataforma oficial de transferência e revenda de ingressos, em que a própria federação determina o preço.

O reconhecimento facial também tem sido utilizado em alguns estádios de futebol, como o Allianz Parque, do Palmeiras, no Brasil. Outra alternativa é o uso da tecnologia NFT, que transforma os ingressos em ativos digitais únicos e registra todas as transações em uma rede blockchain.

No entanto, a maioria dos sistemas de venda de ingressos ainda não se adaptou totalmente a essas soluções. A falta de vontade das empresas em melhorar o serviço prestado e a alta demanda por ingressos são apontadas como fatores que dificultam a implementação de mudanças.

Vale ressaltar que, no Brasil, a prática de cambismo é considerada crime contra a economia popular, podendo resultar em detenção e multa. Um projeto de lei foi apresentado para tornar a legislação mais específica em relação ao cambismo na venda de ingressos, propondo pena de até quatro anos de detenção. O projeto tem sido chamado popularmente de “Lei Taylor Swift”.




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