De acordo com cientistas do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia e da Organização Meteorológica Mundial, este mês de julho está prestes a se tornar o mais quente dos últimos 120 mil anos, o que o faria o mês mais quente já registrado na história do planeta.
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O relatório divulgado na quinta-feira (27) aponta que as temperaturas estão se aproximando de recordes históricos “por uma margem significativa”.
Os dados indicam que a temperatura média global nos primeiros 23 dias de julho foi de 16,95 °C, ultrapassando o recorde anterior de 16,63 °C, registrado em julho de 2019. Essa pequena diferença mostra o quão próximos estamos de estabelecer um novo marco de calor.
Os especialistas alertam que as temperaturas atuais são as mais altas já registradas em 120 mil anos, destacando a gravidade das mudanças climáticas em curso. “Estas são as temperaturas mais altas da história da humanidade”, enfatizou a vice-diretora da Copernicus, Samantha Burgess.
Mês mais quente dos últimos 120 mil anos é pior no Hemisfério Norte
O Hemisfério Norte tem enfrentando um verão intenso, com fortes ondas de calor afetando várias regiões ao redor do mundo, incluindo o Mediterrâneo, Ásia, Grécia e Índia. A NASA também alertou que há uma chance de 50% de 2023 ser o ano mais quente já registrado, e que 2024 pode ser ainda pior.
As mudanças climáticas continuam a representar um desafio urgente para a humanidade, e os recordes de calor quebrados em julho de 2023 são um alerta sobre a necessidade de ações coletivas para mitigar os efeitos do aquecimento global. “As probabilidades estão certamente a favor de um verão recorde”, apontou Carlo Buontempo, diretor da Copernicus.
É fundamental tomar medidas concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e adotar práticas sustentáveis para proteger o meio ambiente e as gerações futuras.