Candidata de concurso do IBGE é convocada por engano, mas recebe R$ 21 mil

Jovem pediu demissão de seu emprego para assumir o cargo após ser convocada, mas logo descobriu que não poderia começar a trabalhar.



Conquistar uma vaga por meio de um concurso público é o sonho de muitos brasileiros, visto que, em um cenário no qual o desemprego alcança números altos e preocupantes, ser aprovado em uma das vagas apresentadas pelos editais abertos no país é mesmo uma chance de conseguir estabilidade.

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Jovem passa no concurso, mas é impedida de trabalhar

Mas o que você faria, se fosse convocado em um concurso e descobrisse posteriormente que tudo não passou de um grande engano? Uma situação parecida aconteceu com uma jovem em Santa Catarina. A candidata de 19 anos havia participado de uma seleção em 2019 no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas dias antes de começar a trabalhar, ela descobriu que a convocação era, na verdade, um terrível erro.

Ela será indenizada

Em 2022, ao saber que havia sido convocada para assumir o posto de coordenadora censitária do IBGE, a jovem decidiu pedir demissão do seu emprego atual para se dedicar ao instituto. Ela receberia o salário de R$ 3,1 mil, elevando a sua remuneração de antes, de R$ 1,7 mil, que recebia de uma empresa de Criciúma.

A surpresa surgiu dias antes de iniciar o seu trabalho, quando um servidor avisou que ela não poderia ocupar o cargo, uma vez que o concurso do qual ela participou já havia perdido a validade. Devido a isso, ela não assumiu a vaga e agora continua desempregada, segundo a juíza da 1ª Vara Federal de Tubarão, Ana Lídia Silva Mello Monteiro.

O caso foi levado à Justiça.

A juíza condenou o instituto a pagar uma indenização de R$ 21 mil à jovem, valor que corresponde a um ano de salário do emprego anterior. A mulher ainda vai receber R$ 10 mil por danos morais.

Monteiro considera que os danos morais sofridos nesse caso são evidentes, visto que a candidata não pediria demissão, se o órgão não tivesse cometido o engano. Sobre a decisão, ainda é possível recorrer. O portal Uol tentou entrar em contato com o IBGE e segue aguardando por uma resposta.




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