Na última quinta-feira, 13, usuários brasileiros viram a chegada do Bard, a inteligência artificial (IA) do Google, no país. Conforme anúncio da big tech, a ferramenta usa como base informações da internet para fornecer respostas novas, combinando o conhecimento mundial com a inteligência e criatividade dos modelos de linguagem.
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Considerando a corrida acirrada das IAs, o recurso do Google chegou de maneira tardia em território nacional. Com isso, o público se habituou aos recursos disponíveis no ChatGPT e no Bing, da Microsoft. Por causa desse cenário, sites especializados em tecnologia apontam que a ferramenta experimental ainda precisará passar por muitas melhorias para alcançar os níveis dos dispositivos bem estabelecidos.
O portal Canaltech até mesmo listou cinco motivos para evitar o uso da novidade. Na listagem, são apontadas características diversas, como monitoramento de interações na plataforma, respostas insatisfatórias e que podem levar à desinformação, além de o dispositivo ser limitado em relação à mídia e ainda estar em fase experimental.
Por que não usar o Google Bard?
Um dos fatores que motivam a decisão de não utilizar o Bard é que as interações podem ser monitoradas, visto que a próprio site informa que os diálogos passam por revisões humanas. Inclusive, eles orientam a não adicionar informações delicadas nas conversas com a IA.
O segundo ponto levantado está relacionado à objetividade das respostas fornecidas. O Bard tem o “costume” de ir direto ao ponto nas respostas, impossibilitando o usuário de continuar com a conversa. Além disso, o chatbot ainda se confunde ao fornecer algumas respostas baseadas na informação que a pessoa entrega.
Outra questão que pode afastar o usuário são as informações sem checagem disponíveis na internet. Como o mecanismo de conversação se baseia nos dados que estão online, nem sempre ele fornecerá uma resposta correta.
As limitações da mídia também podem ser um motivo revelante para não usar a IA do Google, uma vez que ele ainda não recomenda conteúdos em outros formatos, como vídeos e imagens, mesmo que a ferramenta faça parte da lista de diversos produtos da big tech, como Google Imagens e YouTube.
Assim, esses mecanismos poderiam ser integrados.
Por fim, um dos principais motivos para optar por não usar o Bard é o seu caráter experimental. Conforme o CanalTech, o chatbot ainda precisa passar por atualizações para chegar no mesmo nível dos seus rivais. Certamente, a ferramenta será aprimorada, mas a impressão é que o processo será longo.