Segundo informações da Caixa Econômica Federal, 217,7 milhões de contas receberam o crédito referente ao lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de 2022. A instituição informou neste domingo, 30, que finalizou os depósitos, repassando R$ 12,7 bilhões para as contas dos brasileiros com saldo até 31 de dezembro do ano passado.
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Conforme os detalhes, o trabalhador recebeu R$ 24,62 a cada mil reais de saldo. Esse valor se refere ao lucro distribuído entre todas as contas de FGTS. Após o processo ser concluído, boa parte da população ficou na dúvida sobre quando poderá sacar uma fatia desse montante depositado. Veja como funciona o acesso a seguir.
Lucro do FGTS: dinheiro pode ser sacado?
O valor depositado referente ao lucro não pode ser sacado de modo isolado.
As normas de saque seguem as mesmas situações específicas para sacar o fundo, segundo a lei, ou seja, o saque poderá ser feito em caso de demissão sem justa causa, aquisição de um imóvel próprio, aposentadoria, saque-aniversário, desastres naturais e doenças graves.
Vale ressaltar que o dinheiro foi depositado para contas ativas ou inativas com saldo em dezembro, vinculadas ao FGTS em 2022, sendo assim, o trabalhador que iniciou as suas atividades com direito ao FGTS em 2023 não irá receber parte desse lucro.
Como saber quanto foi depositado?
Para isso, o cidadão pode consultar a informação diretamente no aplicativo do fundo, disponível para sistemas iOS e Android. Ao realizar o download, a pessoa precisa realizar o cadastro, caso não tenha. Depois disso, deve efetuar o login com CPF e a senha registrada.
No sistema, a pessoa poderá ver o saldo total, com a soma dos valores de todas as contas. O valor referente ao lucro está identificado da seguinte maneira: “AC CRED DIST RESULTADO ANO BASE 12/2022”.
O lucro, repassado desde 2017, é resultado dos juros que o fundo recebe quando empresta dinheiro e financia projetos na área de infraestrutura e saneamento, por exemplo. Basicamente, ele funciona como uma instituição financeira que empresta valores e cobra juros.
A diferença é que o FGTS não é uma empresa e, por isso, não visa lucrar com essas operações. Assim, o lucro é distribuído. A Caixa Econômica Federal aponta que essa distribuição tem a finalidade de melhorar a remuneração das contas sem afetar os investimentos do banco.