Um piloto de 63 anos, da United Airlines, enfrentou uma condenação no tribunal de Bobigny, próximo a Paris, após ser flagrado alcoolizado antes de comandar um voo com destino a Dallas, com 277 passageiros a bordo, no último domingo (23). Como visto, trabalhar alcoolizado em uma profissão como essa saiu caro.
Leia também: Não morra sem saber: dá para visitar a cabine dos pilotos de um avião
O piloto, identificado como Henry W., foi submetido a um teste de alcoolemia logo no momento do embarque e o resultado revelou que ele apresentava um teor de álcool no sangue de 1,12g/l, seis vezes acima do limite permitido pelas regulamentações europeias. A polícia do Transporte Aéreo confirmou o resultado e o piloto foi levado a julgamento na terça-feira (25).
Durante a audiência, Henry W. alegou ter consumido “apenas duas taças de vinho na véspera” e afirmou que respeitou as regras dos EUA, que estabelecem um intervalo de 10 horas entre o consumo de álcool e o voo.
No entanto, suas justificativas não foram suficientes para convencer a presidente do tribunal, que repreendeu o piloto, alertando-o para os perigos de pilotar um avião embriagado, colocando em risco a vida dos 277 passageiros a bordo.
Após trabalhar alcoolizado, piloto é condenado
A prisão do piloto foi evitada com a suspensão condicional da pena, mas sua licença será suspensa por um ano, além de ter que arcar com uma multa de € 4.500 (aproximadamente R$ 23 mil).
A condenação serve como um alerta sobre a responsabilidade e ética profissional exigidas de pilotos e profissionais da aviação para garantir a segurança dos voos e a integridade dos passageiros. A ocorrência também reforça a importância dos testes de alcoolemia rigorosos antes de assumir o controle de uma aeronave.
No Brasil, não são comuns casos parecidos com pilotos, mas profissionais que se utilizam de carros para trabalhar podem passar por situações parecidas. A legislação brasileira estabelece que a quantidade máxima de álcool permitida no corpo de um motorista em um teste de bafômetro é de 0,05 miligramas por litro de ar alveolar (mg/L). Isso equivale a cerca de uma lata de cerveja ou uma taça de vinho.
Acima desse limite, o condutor está sujeito a multa, suspensão da carteira e até prisão, dependendo do nível de embriaguez. Como visto, a legislação para motoristas no Brasil é tão restritiva quando a passada pelo piloto nos EUA.