Além da Americanas, outras duas varejistas podem estar em perigo: Magazine Luiza e Via Varejo, de acordo com Beatriz Fortunato, CIO e fundadora da Studio Investimentos. Isso teria a ver com a pandemia da Covid-19. Entenda o motivo!
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De acordo com a especialista em investimentos, a pandemia da COVID-19 resultou em decisões empresariais erradas por parte de grandes empresas brasileiras, incluindo esses dois grandes grupos.
Segundo Fortunato, o cenário de taxa de juros elevada e a mudança no padrão de consumo levaram ao limite as principais empresas do varejo brasileiro. Embora não estejam oficialmente falidas, Magazine Luiza e Via Varejo têm resultados operacionais insuficientes para pagar suas dívidas e, portanto, estão tecnicamente quebradas.
Magazine Luiza e Via Varejo desapontam investidores
O setor de varejo, que era uma das principais apostas para superar a pandemia, frustrou as expectativas dos investidores com resultados piores do que o esperado. De acordo com Fortunato, as plataformas de e-commerce, que eram vistas como as maiores vencedoras do processo de pandemia, fracassaram quase todas, com exceção do Mercado Livre.
No caso da Via Varejo, há vestígios em suas ações que projetam que a situação financeira da empresa é mais grave do que os números divulgados indicam. Embora o balanço mostre um Ebitda ajustado de R$ 2,4 bilhões nos últimos 12 meses, com uma dívida líquida de R$ 550 milhões, os investidores vendidos enxergam um cenário pior ao considerar despesas com arrendamentos e outras questões relacionadas à dívida.
Essa visão mais negativa inclui a análise das linhas bancárias utilizadas pela Via Varejo para antecipação de recursos a fornecedores, além do crediário. Portanto, a situação das duas varejistas é preocupante e requer atenção dos investidores.