A distribuição dos lucros do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) começa nesta quinta-feira (27) e segue até o próximo dia 31. Serão pagos cerca de R$ 12,7 bilhões, ou 99% do resultado registrado no ano passado, para cerca de 132 milhões de contas.
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O dinheiro será depositado de forma proporcional ao saldo disponível nas contas ativas e inativas do trabalhador no dia 31 de dezembro de 2022. O índice de distribuição será de 0,02461511.
Embora tenha superado a inflação, o resultado ainda é inferior à rentabilidade da poupança, que no mesmo período chegou a 7,89%. Ele também equivale a apenas 57% do CDI, que totalizou 12,37% em 2022.
Após o crédito em conta, o lucro do FGTS pode ser identificado no extrato como “AC CRED DIST RESULTADO ANO BASE 12/2022”, mas não é possível sacar os valores. Após incorporado ao restante do saldo do fundo, ele só pode ser resgatado em casos previstos por lei, como demissão sem justa causa e aposentadoria.
Como calcular o lucro do FGTS?
Se você quer saber quanto vai receber de lucro do FGTS, acesse o aplicativo do Fundo de Garantia e baixe o extrato das contas, onde consta o valor disponível no dia 31 de dezembro de 2022. Em seguida, basta multiplicar essa quantia por 0,02461511.
A cada R$ 1 mil de saldo, o trabalhador tem direito a R$ 24,62. Se o cotista tinha R$ 5 mil no último dia do ano passado, por exemplo, receberá R$ 123,07 referente aos resultados.
Outra opção para quem não quer fazer cálculos é aguardar o depósito do lucro e fazer uma consulta no aplicativo do FGTS para conferir os valores. A ferramenta é gratuita e está disponível para Android e iOS.
Por que o governo distribui os lucros?
A rentabilidade do FGTS totalizou 7,1% em 2022, superando a inflação de 5,8% registrada no mesmo período. Esse resultado só foi possível com a distribuição dos lucros para os trabalhadores, já que sem isso o fundo rende apenas 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR).
Desde 2017, a divisão de boa parte do resultado entre os cotistas tem servido para aumentar a rentabilidade das contas e evitar que ela fique abaixo da inflação. No ano passado, o retorno do FGTS superou em 1,3% o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país.