Já se pegou revisando um antigo álbum de fotos e, de repente, se lembrou de detalhes de uma viagem que você jurava ter esquecido? Agora, imagine que ao invés de simplesmente reviver uma memória, sua motivação em um determinado momento poderia ter definido exatamente quais delas você guardaria ou esqueceria. Difícil de acreditar? Bem, a ciência pode ter algo a dizer sobre isso!
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A Universidade Duke decidiu transformar seus voluntários em “ladrões de arte” por um dia. Divididos em dois times, enquanto um grupo planejava meticulosamente um “roubo” virtual, o outro foi jogado de cabeça na ação. Ambos tinham um simples objetivo: saquear a arte mais valiosa por trás de portas coloridas.
Após este assalto artístico, foi revelado que aqueles que tiveram tempo para explorar, literalmente, lembraram-se de mais obras de arte no dia seguinte. Enquanto isso, os ladrões apressadinhos se saíram melhores na identificação das portas que guardavam as peças de maior valor.
Mas o que isso significa na prática?
A verdade é que, sob pressão, nossos cérebros podem se concentrar e gravar informações de forma super eficiente, mas com um escopo mais limitado. Por outro lado, quando temos tempo para explorar e saciar nossa curiosidade, a lembrança tende a ser mais abrangente e detalhada. Ou seja, a urgência nos torna experts de curto prazo, enquanto a exploração nos torna mestres da memória de longo prazo.
Agora, não vá pensando que isso te dá o direito de justificar um erro com um “Ah, eu estava motivado demais para lembrar!” Estas descobertas têm um potencial muito mais profundo: podem ajudar desde a promoção da vacinação até tratamentos em saúde mental.
Para além dos corredores virtuais do museu, este experimento nos convida a refletir sobre como agimos e reagimos em nosso dia a dia. Seja sob pressão para entregar um projeto no trabalho ou naquela caminhada tranquila pelo parque no fim de semana, a forma como nos sentimos motivados pode influenciar diretamente no que e como lembramos.
