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Afinal, por que algumas pessoas adoram tanto o cheiro de gasolina?

Desvendando a atração pelo aroma da gasolina. Se você já sentiu, entenda por quê.



O sentido do olfato é intrigante, logo proporciona sensações únicas em cada indivíduo. Enquanto algumas pessoas têm apreço pelo cheiro de peixe em feiras, outras evitam a todo custo passar perto de barracas similares. Entre essas preferências olfativas, encontramos aqueles indivíduos que são inexplicavelmente atraídos pelo aroma da gasolina. Já ouviu falar de algo assim, certo? Mas por que algumas pessoas adoram tanto o cheiro de gasolina assim?

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O que compõe o odor da gasolina?

Carl Engelking, editor do site Discover, esclarece que a gasolina incorpora o benzeno em sua composição, um composto facilmente identificável por nossos narizes e conhecido por seu odor adocicado. Interessantemente, o benzeno já foi utilizado em loções pós-barba, produtos de higiene feminina e até mesmo no café descafeinado, embora tenha sido posteriormente eliminado por ser considerado cancerígeno.

Importa frisar que, apesar do possível encanto pelo cheiro do benzeno, a exposição frequente a esse composto deve ser evitada para preservar a saúde.

O poder da nostalgia

Diante da explicação sobre o cheiro distinto do benzeno, surge a pergunta: por que tantas pessoas sentem uma atração pelo aroma emitido pela gasolina? A resposta, segundo a ciência, está no domínio da nostalgia. O cérebro humano é um cofre de memórias capaz de acionar gatilhos mentais diversos.

É como o cheiro de pernil no Natal ou o perfume que a mãe usava antes de levar a criança à escola.

A peculiaridade do olfato é que ele contorna o tálamo, a região cerebral que normalmente processa informações sensitivas. Essa peculiaridade resulta em respostas quase instantâneas a odores específicos.

Por isso, o cheiro da gasolina pode estar vinculado à felicidade de uma viagem em família, com paradas em postos para encher o tanque antes de seguir a estrada. Nesse contexto, o aroma do combustível envia uma mensagem direta ao cérebro, sinalizando uma experiência prazerosa no horizonte.

Uma outra perspectiva diz respeito ao efeito do benzeno sobre o sistema nervoso.

Tal composto tem a capacidade de suprimir esse sistema, gerando uma sensação temporária de euforia, comparável ao prazer resultante do consumo de bebidas alcoólicas.

Engelking complementa: “Outra teoria foca no impacto físico do benzeno nos receptores nervosos olfativos. O benzeno e outros hidrocarbonetos, quando inalados, suprimem o sistema nervoso, induzindo uma efêmera sensação de euforia. É uma sensação agradável semelhante ao álcool e a várias outras drogas.”

Independentemente da teoria, é certo que a atração pelo cheiro da gasolina está provavelmente ligada a momentos alegres da infância. Identificando essa ligação, é possível encontrar a explicação para essa conexão intrigante.




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