Bancos veem Pix parcelado como nova aposta em meio a impasses sobre cartão de crédito 

Instituições financeiras oferecem parcelamento do Pix com juros mesmo antes do lançamento oficial da modalidade.



O Pix, sistema de pagamentos instantâneo do Banco Central, é um verdadeiro sucesso entre os brasileiros e já soma cerca de 3 bilhões de operações por mês. Para os clientes, a possibilidade de movimentar valores a qualquer momento trouxe muita comodidade ao dia a dia.

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Para os bancos, que atualmente enfrentam um grande impasse relacionado à taxa de juros do cartão de crédito, o sistema é visto como a nova galinha dos ovos de ouro. Enquanto o BC se prepara para lançar novas modalidades, como o parcelamento do Pix, muitas instituições já oferecem a opção.

Apesar da falta de uma regulamentação, o Pix parcelado já faz sucesso entre o público, especialmente nas fintechs. Um bom exemplo é a Drip, fundada pelos ex-Nubank Patrick McDougall e Paulo Albuquerque, que promete o parcelamento da compra pelo consumidor e o repasse do valor à empresa credora no ato da operação.

“O cartão de crédito mantém uma solução engessada, impedindo que os players criem algo estruturalmente melhor e mais barato para o consumidor”, diz Patrick McDougall, CEO da Drip. A plataforma soma mais de 19 mil clientes e está avaliada em cerca de R$ 100 milhões.

Sobre a oferta do Pix parcelado antes da regulamentação, o Banco Central afirma que “nada impede que os bancos, desde já, ofertem crédito e a possibilidade de pagamento em parcelas com o Pix aos seus clientes. É um produto de cada banco.”

Cartões na mira do governo

As taxas de juros dos cartões de crédito são tema de um grande debate recente entre os bancos, as empresas varejistas e o governo. A equipe do presidente Lula (PT) quer a redução dos juros do rotativo, modalidade que funciona como uma espécie de crédito emergencial acionado quando o cliente não paga o valor da fatura.

Apesar da proposta, as discussões pouco avançaram. Os bancos querem acabar com o parcelamento sem juros para compensar o corte no rotativo, mas as varejistas, que dependem desse tipo de operação em até 80% das vendas, não aceitam seu fim. No meio desse embate, o governo quer limitar as taxas, assim como já acontece no cheque especial.




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