O dia começa com a pesquisa do IBGE que mostra a queda do nível de desemprego em oito estados brasileiros no segundo trimestre. Nas demais unidades federativas, os percentuais seguiram estáveis.
Leia mais: Anvisa faz alerta: substância perigosa pode estar no leite, remédios e vitaminas
Para os motoristas, o destaque é o aumento nos preços da gasolina e do diesel vendidos pela Petrobras. Ainda no campo da economia, o governo da Bahia anunciou a compra da fábrica da Ford de Camaçari, que em breve deverá ser ocupada pela BYD.
Entre os principais assuntos desta quarta-feira (16), veja também que o governo planeja investir em mais de 300 obras em rodovias e ferrovias com recursos do PAC. Saiba mais a seguir.
Preços dos combustíveis
A Petrobras reajustou os preços da gasolina e do diesel vendidos em suas refinarias em 16,3% (R$ 0,41 por litro) e 25,8% (R$ 0,78 por litro), respectivamente. Com a decisão, o valor cobrado das distribuidoras sobe para R$ 2,93 o litro (gasolina) e R$ 3,80 por litro (diesel).
A empresa informou que sua parcela no preço final cobrado do consumidor final que abastece com diesel será, em média, de R$ 3,34 por litro. Já a parcela da estatal no preço final da gasolina comercializada nas bombas ficará em torno de R$ 2,14 a cada litro.
No acumulado do ano, o diesel vendido pela Petrobras ainda segue em queda de R$ 0,69, enquanto a variação acumulada no preço de venda de gasolina A recua R$ 0,15 por litro.
“Importante esclarecer que a implementação da estratégia comercial, em substituição à política de preços anterior, incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação. Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes”, explicou a empresa.
Desemprego
A taxa de desocupação teve queda em oito estados brasileiros no segundo trimestre do ano, mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Trimestral do IBGE. Nas demais unidades da federação, os níveis se mantiveram estáveis.
A nível nacional, o desemprego recuou para 8% entre abril e junho, chegando ao patamar mais baixo para o período desde 2014. Os dados mostram que houve queda em quatro regiões e estabilidade no Sul.
“A queda na taxa de desocupação nesse trimestre pode caracterizar também um padrão sazonal. Após o crescimento do primeiro trimestre, em certa medida, pela busca de trabalho por aqueles dispensados no início do ano, no segundo trimestre, essa procura tende a diminuir”, diz a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
Os destaques ficaram por conta do Distrito Federal, onde o nível caiu de 12,0% para 8,7%, seguido de Rio Grande do Norte, São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Pará e Mato Grosso.
Fábrica da Ford
O governo da Bahia anunciou na última sexta-feira (11) a compra da fábrica da Ford no Polo Automotivo de Camaçari (BA). O valor da transação não foi divulgado, mas a planta será ocupada pela montadora chinesa BYD.
Agora, o governo baiano poderá avançar nas negociações com a fabricante asiática, que planeja investir R$ 3 bilhões e criar 5 mil empregos no país. Serão três fábricas, sendo uma delas para a fabricação de automóveis híbridos e elétricos.
A BYD espera herdar incentivos fiscais concedidos à Ford. O plano é garantir a prorrogação dos benefícios até 2032, já que eles terminam em 2025, embora o trecho da reforma tributária que prevê a ampliação do prazo tenha sido derrubado na Câmara.
A expectativa é que a extensão do benefício seja reintegrada ao texto durante sua votação no Senado, onde os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste têm mais representantes.
PAC
Anunciado pelo governo federal na última semana, o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) prevê cerca de 302 empreendimentos rodoviários e ferroviários no Brasil, incluindo obras públicas e concessões. O investimento estimado é de R$ 280 bilhões, entre recursos do Orçamento da União e privados.
As rodovias federais devem receber R$ 185,8 bilhões de investimento em 267 empreendimentos, sendo R$ 73 bilhões em recursos públicos e R$ 112,8 bilhões em montantes privados. Está prevista tanto a construção de novas rodovias quanto a manutenção da malha rodoviária.
Já as ferrovias receberão R$ 6 bilhões em investimentos públicos e R$ 88,2 bilhões em investimentos privados. Os destaques são o trecho da Transnordestina em Pernambuco e as ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol 2) e de Integração do Centro-Oeste (Fico 1).