O governo brasileiro divulgou recentemente os primeiros testes do até então chamado de Real Digital. No entanto, muitos podem não ter compreendido completamente que estamos falando de algo totalmente inovador. Agora chamada de DREX, a nova moeda tem um imenso potencial de transformação no mercado brasileiro.
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A sigla representa “Digital”, “Rastreável”, “Eletrônico” e “X” para modernidade e conexão. O foco aqui é o “R” de rastreável na DREX, pois isso marca uma verdadeira revolução. Atualmente, apenas cerca de 3% do dinheiro em circulação está em notas físicas; a maior parte já é digital, existindo virtualmente nas contas bancárias, uma vez que os próprios bancos se tornaram principalmente digitais.
Para esclarecer o colunista Phelipe Siani, da CNN, a nova alternativa de nome é mais interessante, já que o nome “Real Digital” não é suficiente. Uma alternativa mais elucidativa seria chamá-la de “Real Rastreável”, mas isso também poderia causar confusão.
Nova moeda não é simplesmente o real digital
No novo modelo, cada nota digital possui um rastreador incorporado, ao contrário das notas físicas. Com a DREX, a sequência de números que identifica a origem do dinheiro não apenas fica registrada, mas pode também se tornar visível durante as transações.
Por exemplo, imagine R$ 100 com um rastreador GPS embutido. Esse rastreador é ativado no momento da impressão da nota pelo Banco Central. Isso permite que você saiba por quais mãos a nota passou até chegar em suas.
Embora não faça diferença em transações simples, a capacidade de rastrear a origem do dinheiro é fundamental para combater crimes financeiros, como lavagem de dinheiro, e garantir a transparência nas operações. E isso muda muita coisa.
Além de ser rastreável e seguro, a nova moeda também permite contratos inteligentes. Por exemplo, você só transferiria dinheiro ao vendedor de um carro eletronicamente quando o veículo estivesse devidamente registrado em seu nome. Esse processo automático elimina a necessidade de confiar em intermediários.
Em resumo, o DREX representa uma transformação profunda no sistema financeiro. Apesar de o termo “Real Digital” ser utilizado, é essencial compreender que a digitalização é apenas uma parte do que essa nova moeda oferece. A rastreabilidade, segurança e automação através de contratos inteligentes são os pilares que verdadeiramente revolucionarão a maneira como lidamos com dinheiro e transações financeiras.