Drex: moeda digital brasileira começa a ser testada por bancos e consórcios

Banco Central inicia testes com nova moeda digital, que terão a participação de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.



O Banco Central iniciou os testes do Drex, a nova moeda digital brasileira que deve chegar aos consumidores entre 2024 e 2025. A avaliação conta com a participação do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e de outras cooperativas financeiras de crédito.

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O Drex é uma CBDC (Central Bank Digital Currency em inglês), ou seja, uma moeda digital emitida por um Banco Central. O nome escolhido reúne as iniciais das palavras “digital”, “real”, “eletrônico” e “transação”.

Além da Caixa e do BB, Sicoob, Sicredi, Ailos, Cresol e Unicred também já emitiram os primeiros tokens do real digital. O teste começou com a simulação da conversão do saldo da reserva bancária de um banco para a carteira do ativo.

O Banco do Brasil informou que instalou um nó validador que possibilita a criação dos tokens que vão permitir a simulação de transações com outras instituições. A ideia é verificar a viabilidade de uso.

A participação da Caixa no projeto-piloto acontece por meio de uma parceria com Microsoft e a Elo. O consórcio fará testes de configuração de infraestrutura e conexão, emissão do real digital, token da nova moeda e emissão de títulos federais por meio dele.

A ideia principal do BB é descobrir se o Drex pode ser negociado em larga escala e se as transações entre as instituições financeiras serão possíveis. O intuito também é assegurar a segurança e privacidade dos usuários.

Os testes, feitos por 16 consórcios compostos por instituições financeiras e empresas, devem se prolongar por todo o segundo semestre deste ano. O Banco Central espera ampliar o projeto no próximo ano e liberar as transações para o público entre o fim de 2024 e o início de 2025.

Modernização nas operações financeiras

A moeda será uma versão digital do real, podendo ser convertida em outras formas de pagamento, já que terá o mesmo valor do dinheiro físico.

“Não existe diferença entre o real e o Drex, sendo este apenas a representação digital da moeda física. Conforme explicado pelo BCB, o Drex poderá ser trocado por papel-moeda e vice-versa, e o acesso a ela será feito por meio de carteiras virtuais em bancos e outras instituições financeiras e de pagamento”, explica a advogada Luciana Simões.

Já a diferença entre o Drex e o Pix é que primeiro é o dinheiro digital, enquanto o segundo é um meio de pagamento. No futuro, será possível enviar Drex por meio do Pix, por exemplo.

Segundo explica a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), “está sendo construída a infraestrutura que permita a tokenização desses depósitos e a partir daí, o cliente terá um leque de oportunidades para outros produtos e serviços no sistema financeiro.”




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