Profissionais que compartilham o desejo de trabalhar no exterior, especificamente na Alemanha, poderão encontrar um processo mais simplificado para morar no país e exercer uma profissão. Isso, porque o governo alemão aprovou, na última quarta-feira, 23, uma nova legislação que favorece a obtenção de cidadania alemã.
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Alemanha abre portas para trabalhadores
A proposta determina novos critérios para que a pessoa consiga essa cidadania, visando eliminar restrições, planejando deixar esse processo mais simples. A medida tem o objetivo de fortalecer a inclusão de imigrantes e também de oferecer suporte à economia, que está lidando com uma carência de trabalhadores qualificados.
O chanceler Olaf Scholz e ministros aprovaram o projeto; contudo, a legislação ainda precisa passar pela câmara baixa do parlamento para ser analisada e aprovada. Nesse espaço, a coalizão é composta por três partidos de orientação social liberal que, inclusive, são uma maioria substancial.
Desse modo, ao receber o sinal positivo nesta fase, a próxima etapa é colocar a ideia em prática, com a proposta entrando em vigor a partir de janeiro. Isso, se a votação ocorrer de forma ágil.
O que a nova legislação propõe sobre a obtenção de cidadania alemã?
A nova proposta apresenta uma série de pré-requisitos para que a pessoa seja elegível à cidadania. Em meio à lista dos critérios, está o fator de a pessoa ter residido no país por cinco anos. Antes, a residência solicitada era seis. Em casos específicos, como “realizações especiais de integração”, o período requerido é de três anos.
Além disso, as crianças que nasceram na Alemanha recebem automaticamente a cidadania, considerando que um dos pais resida por lá, legalmente, há cinco anos. Anteriormente, o tempo solicitado era oito anos. Essas modificações também serão estendidas para dupla cidadania, ou seja, as restrições deixarão de existir para essa situação.
Apesar de a ideia estar avançando para entrar em vigor, a oposição crê que a proposta não trará o resultado esperado de boa integração dos imigrantes. A estratégia defendida pela conservadora Andrea Lindholz aponta que o governo alemão deveria mirar em diminuir a taxa de imigração irregular, conforme destacaram as informações divulgadas.