Nos últimos meses, a prática chamada “golpe do cheiro” tem ganhado destaque nas redes sociais diante dos relatos de diversas vítimas, passageiras de viagens feitas por aplicativos de transporte, que contam que depois de sentir um forte cheiro no carro, ficaram tontas, sentiram náuseas e dor de cabeça. Uma mulher escapou e foi à polícia.
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Mulher se esforça para escapar
As informações apontam que o golpe consiste no uso de uma substância à base de éter, que é utilizada para dopar a vítima. Com medo do que pode acontecer, as passageiras costumam realizar práticas arriscadas para se proteger, como pular do carro. Apesar das diversas denúncias, o possível golpe não foi confirmado; no entanto, casos nos quais o “gás paralisante” é citado costumam aparecer de tempos em tempos, ascendendo um alerta.
A situação mais recente aconteceu em São Paulo. Na última segunda-feira, uma jovem de 18 anos se machucou ao pular do carro em movimento durante a “carona”. A suspeita é que a mulher sofreu a tentativa do “golpe do cheiro”.
Uma fonte não identificada da Polícia Militar informou que a jovem pulou do carro quando percebeu que estava perdendo os sentidos. Também foi percebido que o motorista borrifou um gás após colocar uma máscara. A estudante caiu no meio da via, foi socorrida e levada para o Hospital Albert Sabin.
Em depoimento, motorista relata versão da história
Já o condutor, fugiu do local, mas foi encontrado e detido na Grande São Paulo.
Em depoimento na Polícia Civil, o motorista conta que realizou uma viagem com duas jovens, na qual a solicitação apresentava duas paradas. Ao deixar a primeira passageira em seu destino, ele seguiu ao próximo, mas percebeu que a mulher havia cancelado a corrida antes da finalização.
O condutor notou que a aparência da passageira estava “estranha” e perguntou se tudo estava bem, mas não recebeu resposta. Ela optou por sair do veículo e correu até uma loja. Ele ainda detalha que passou pelo comércio em baixa velocidade, mas como não a encontrou, decidiu ir embora.
Após a sua presença ser solicitada na delegacia, oficiais perguntaram a ele o que havia acontecido. O homem afirma que não usou substância aerossol em seu automóvel. A polícia informou que o carro passará por perícia.
Em nota, a Uber apontou que as denúncias apresentadas, tanto ao aplicativo quanto no boletim de ocorrência, são diferentes do que está sendo mostrado pela imprensa e que tudo só será esclarecido com as investigações.