Na hora de abastecer, muitos motoristas têm sua bandeira de preferência. Outros só querem saber de achar o combustível com menor preço, e não se importam se o posto é Petrobras, Shell, Ale, Ipiranga ou até tem bandeira branca, aqueles estabelecimentos que não possuem nenhuma marca.
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Mas será que a bandeira garante a qualidade do combustível? Essa é uma dúvida muito comum entre os consumidores, especialmente os que temem encher o tanque em postos do tipo bandeira branca.
Bandeira branca ou de marca?
Primeiro, é preciso entender que a diferença entre esses estabelecimentos é basicamente a distribuidora do combustível. Desde os anos 90, com o fim do tabelamento de preços, o mercado se tornou muito mais competitivo, e por isso hoje existem muito mais opções.
A princípio, a diferença entre um posto bandeirado e um sem bandeira está apenas no fato de que o segundo não é vinculado a nenhuma grande companhia de petróleo. Eles não possuem contrato de exclusividade com nenhuma refinaria, e por isso podem negociar e comprar combustíveis de mais de uma distribuidora.
Mesmo assim, são obrigados a informar a origem dos produtos à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), além de estarem sujeitos aos mesmos critérios de fiscalização de qualidade que os demais.
Os postos com bandeira, por outro lado, utilizam a marca da distribuidora em sua identidade visual, além de serem obrigados a respeitar exigências como exposição de produtos, métricas e outras. Outra obrigação é comprar uma quantidade mínima de combustível todo mês.
Bandeira garante qualidade?
Apesar de não levarem o nome de uma grande empresa, os boatos de que os postos com bandeira branca vendem combustível adulterado (ou “batizado”) não passam de um grande mito. De forma geral, a qualidade do produto depende muito menos da bandeira, e muito mais da honestidade do dono do negócio.
O combustível adulterado pode estar presente em qualquer posto, independente dele ter ou não marca. Golpes como esse podem muito bem ocorrer em locais com bandeira, especialmente porque esses postos muitas vezes estão presos ao preço praticado pela distribuidora.
Ou seja: tudo depende se o dono do estabelecimento está ou não disposto a realizar práticas pouco ortodoxas para aumentar sua margem de lucro, como “batizar” o produto.