Quando o trabalhador da iniciativa privada perde o emprego, começa a se preocupar com a aposentadoria e outros benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Para garantir sua qualidade de segurado e ter acesso a esses valores, é necessário continuar contribuindo com a Previdência Social.
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Mas neste caso o valor do pagamento sobe, já que o profissional pagará tudo sozinho, pois deixou de ter a contrapartida de contribuição do empregador. Afinal de contas, quanto é recolhido?
Segundo Emerson Lemes, contador e associado ao Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), a quantia é calculada com base no salário médio do trabalhador, considerando que ele mantenha o mesmo rendimento de quanto trabalhava.
A contribuição se baseia no intervalo entre o piso (R$ 1.320, um salário mínimo) e o teto previdenciário (R$ 7.507,49) e ninguém pode contribuir acima desse limite, já que esse é o valor máximo da aposentadoria. Confira abaixo uma tabela com o valor do recolhimento ao INSS por faixa salarial:
Investir ou contribuir?
Para quem está na situação de contribuir como autônomo, uma opção mais interessante pode ser aplicar o dinheiro. Contudo, especialistas afirmam que trocar a Previdência Social por outro tipo de investimento é um processo que deve ser feito com muito cuidado, planejamento e informação.
Além disso, vale lembrar que o INSS não paga apenas aposentadoria, mas também outros benefícios, como o auxílio-doença e valores destinados a apoiar o trabalhador em momentos adversos, com quanto durante a maternidade ou após um acidente.
Embora alguns economistas defendam que o trabalhador utilize os recursos para investir, a planejadora financeira Myrian Lund, professora da Fundação Getulio Vargas (FGV), alerta que isso nem sempre funciona.
“Tem essa história de não contribui, não. Aplica. Mas isso não funciona, em geral, porque primeiro você tem que ter disciplina. E acaba não tendo, porque vão surgir fatores emergenciais. E onde aplicar o dinheiro para que lhe dê um retorno depois? É preciso aplicar em algo que lhe dê uma renda acima da inflação. Existe essa dificuldade no brasileiro (de saber como e onde investir). Então, acho que a contribuição ao INSS ainda é uma boa opção”, resume.
A recomendação para quem tem disciplina é aplicar “em algo que renda inflação mais juros, como IPCA+”. “E hoje a gente tem também o título Renda+, também do Tesouro Direto, fazendo contribuições mensais. Mas é preciso ser muito determinado, muito analítico, e não mexer no dinheiro de jeito algum”, completa e especialista.