Quem nunca ouviu falar da alegria contagiante do brasileiro, especialmente das nossas mulheres? A imagem da mulher sorridente, dançando samba, vibrando com o Carnaval. Mas, e se eu te disser que a realidade pode ser um tanto quanto diferente?
Leia mais: Mulher vende casa, decide morar em um cruzeiro e economiza uma FORTUNA
Uma pesquisa recente sugere que só 30% das mulheres brasileiras estão satisfeitas com suas vidas. Como? Calma, que vamos te explicar.
Saúde mental das mulheres brasileiras está balançada
O Laboratório de Inovação da Think Olga, uma ONG voltada para a questão feminina, jogou um balde de água fria nas nossas expectativas ao divulgar uma pesquisa que mostra que a alegria não é tão constante assim. Segundo o estudo, chamado de Esgotadas, pós-pandemia, a saúde mental das mulheres brasileiras está balançando.
Em 2019, 7 em cada 10 mulheres tinham diagnóstico de depressão e ansiedade. E os números não param por aí. De acordo com a pesquisa, a situação financeira e o trabalho são os maiores vilões da história, seguidos de perto pelas relações interpessoais. E, acredite, a solidão tem batido na porta de muitas delas.
Mas por que isso acontece? Afinal, somos o país do Carnaval, da praia, do sol! Maíra Liguori, diretora de Think Olga, faz um apontamento essencial: a saúde mental feminina não é uma questão individual, mas sim uma problemática entrelaçada em estruturas sociais e culturais.
Muitas mulheres sentem que estão carregando um peso nas costas ao lidar com a pressão estética, a cobrança da sociedade, os desafios financeiros ou até mesmo as demandas da família.
O estudo aponta que fatores como a desigualdade de gênero, a vulnerabilidade à violência doméstica e a imposição de maiores responsabilidades domésticas têm um papel crucial na forma como elas se sentem.
Mas e agora? O que fazer? Primeiro, precisamos reconhecer que a satisfação pessoal não é uma simples escolha. E depois, é necessário debater, dialogar, entender. E talvez, o que as mulheres brasileiras estejam realmente buscando, no fundo, é um pouquinho mais de equilíbrio, reconhecimento e espaço para serem elas mesmas.