A desvalorização dos carros elétricos e híbridos é real? Pesquisa revela novo cenário

Plataforma de compra e venda de veículos divulga levantamento que impacta principalmente os donos de elétricos.



A plataforma de compra e venda de veículos Mobiauto divulgou uma pesquisa que revela um novo cenário no mercado de carros elétricos e híbridos. Para os donos de híbridos, a situação não apresenta grandes mudanças, mas o mesmo não pode ser dito para quem tem um elétrico.

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O estudo considerou os principais eletrificados do mercado nacional, sendo os 25 veículos híbridos ou 100% elétricos com mais anúncios e interesse de compra.

Os dados mostram uma desvalorização média de 8,5% em modelos seminovos (2021, 2022 e 2023) nos últimos doze meses até agosto. Entre os híbridos, a desvalorização foi de cerca de 8,78% no período analisado, praticamente o mesmo resultado do mercado geral.

“Os carros híbridos estão absolutamente inseridos no dia a dia do mercado brasileiro. Maior prova disso é esse resultado de depreciação que repete o percentual do mercado total”, explica Sant Clair de Castro Jr., CEO da Mobiauto.

No entanto, o executivo lembra que o levantamento foi realizado com seminovos, que ainda estão dentro do prazo de garantia. Segundo ele, os resultados devem sofrer mudanças nos próximos anos.

“No futuro, quando estiverem fora da garantia, esses carros 2021 e 2022 despertarão certo receio nos futuros compradores em razão do custo de manutenção. É só olhar para a estrutura de um carro híbrido: ele possui uma eletrônica extremamente complexa, que utiliza módulos para gerenciar a propulsão do motor a combustão, a elétrica e, ainda, como as duas atuam juntas. Isso pode sair caro lá na frente”, acrescenta.

Confira os dados da pesquisa da Mobiauto:

Tabela de desvalorização de veículos híbridos
Fonte: Mobiauto

E os elétricos?

No caso dos modelos 100% elétricos, o cenário é bem diferente: a desvalorização foi de 16,28% no mesmo período. Contudo, para o especialista, a tendência tende a se inverter nos próximos anos.

“Hoje, o resultado ruim dos modelos 100% elétricos pode ser atribuído a dois fatores incontestáveis: o primeiro deles é o uso restrito, que, nos grandes centros urbanos, por exemplo, praticamente elimina moradores de edifícios mais antigos, que não possuem carregadores. E quando a demanda é menor o preço cai”, detalha.

Veja a tabela dos elétricos puros:

Tabela de desvalorização de veículos elétricos
Fonte: Mobiato




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