Quem nunca ouviu falar das propriedades benéficas do açafrão-da-terra? Esse tempero milenar, conhecido também como cúrcuma, gengibre amarelo ou açafrão-da-índia, tem origem indiana e é bastante usado em pratos icônicos, como o curry.
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No entanto, sua fama não se resume apenas à gastronomia. Graças à curcumina, um composto naturalmente ativo que proporciona sua tonalidade amarela, o açafrão se destaca também no campo medicinal.
Um estudo recente publicado na revista científica BMJ alega que esse tempero poderia ser uma alternativa natural para problemas de indigestão. Será?
Tempero à prova
A tradição do Sudeste Asiático já conferia ao açafrão propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, tratando-o quase como um elixir.
Baseados nesse conhecimento ancestral, pesquisadores da Universidade Chulalongkorn, na Tailândia, decidiram colocar o tempero à prova. Em um experimento envolvendo 206 pacientes, todos enfrentando dores recorrentes de dispepsia (ou dores estomacais), o açafrão mostrou seu valor.
Os pacientes foram divididos em três grupos:
- O primeiro consumiu açafrão em forma de cápsulas;
- O segundo foi tratado com Omeprazol, um medicamento comumente usado para tratar indigestão;
- E o último grupo recebeu uma combinação de ambos.
Quase dois meses depois, os resultados foram surpreendentes. Independentemente do tratamento, todos os grupos apresentaram uma redução semelhante na severidade dos sintomas e na dor. A equipe de pesquisa destaca: “A curcumina oral foi considerada segura e bem tolerada”.
Mas então, por que essa descoberta é tão revolucionária?
É simples. Em um mundo onde muitas vezes recorremos primeiro a medicamentos, descobrir que um tempero natural pode ter o mesmo efeito é notável.
Então, como você pode se beneficiar do açafrão? Especialistas sugerem uma variedade de usos. Do preparo de carnes e sopas à sua adição em sucos e pães, as opções são infinitas.
O curry, um prato tradicional indiano, é provavelmente o exemplo mais famoso de sua utilização na culinária. No entanto, uma nota de cautela: mulheres grávidas, lactantes e crianças com menos de quatro anos devem evitar o consumo excessivo.