Os bancos brasileiros estão desativando uma das formas de transferência de dinheiro mais utilizada pelos brasileiros nos últimos anos. Em maio, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as instituições deixariam de oferecer operações de transferência via Documento de Ordem de Crédito (DOC) até fevereiro de 2024.
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Algumas delas preferiram adiantar o processo.
O DOC se tornou inviável e praticamente inutilizado nos bancos desde o lançamento do PIX, que acabou se tornando o método de pagamento e transferência mais utilizado do Brasil. O primeiro banco a desativar o serviço foi o Itaú, que deixou de oferecer a opção para os clientes pessoa física desde janeiro.
O Santander já informou que irá desativar o DOC ainda nesta semana.
Bancos dão adeus ao serviço
No caso do Banco do Brasil, o DOC só será disponibilizado para as pessoas físicas até o dia 15 de setembro. Já o Bradesco, informou que irá seguir o cronograma estabelecido pelo Febraban. A Caixa Econômica Federal ainda não se manifestou sobre o assunto.
Opção perdeu espaço nas transações financeiras
Criado em 19895 pelo Banco Central, o DOC acabou sendo substituído por opções mais baratas e rápidas de transferência de dinheiro. De acordo com o anúncio feito pela Febraban em maio, “o uso dessas operações vem caindo continuamente nos últimos anos, principalmente após o lançamento do PIX, em novembro de 2020”.
Um dos fatores limitantes do DOC é que as transferências só podem ser de até R$ 4.999 e efetivadas um dia após o banco receber a ordem de transferência. Em relação ao TED, que continuará funcionando para os brasileiros, caso a transação aconteça até as 17h, o dinheiro será transferido no mesmo dia.
No PIX, o valor é repassado instantaneamente, 24 horas por dia e sete dias por semana.
Os envios e pagamentos via DOC e TED também contam com a cobrança de taxa, geralmente no mesmo preço. No Itaú, uma transferência avulsa custa R$ 11,10 para o seu cliente, quando feita nos canais digitais do banco. No BB, a transação custa R$ 11,80, um real mais barata que no Santander.
Por fim, o Bradesco cobra R$ 12,15, a Caixa R$ 11, mas o Nubank realiza a operação gratuitamente.