Já imaginou servindo sanduíches em uma rede de fast food e, em questão de anos, entrar em campo como uma das estrelas da Premier League? Essa é a história inspiradora de Norberto Bercique Gomes Betuncal, mais conhecido como Beto, que viveu uma transformação digna de um roteiro de filme.
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A glamourização de jogadores da Premier League pode fazer parecer que todos nasceram em berço de ouro. Mas, para Beto, o cenário era bem diferente há apenas cinco anos.
Com quase dois metros de altura, ele brilhava nas quadras do União de Tires, um modesto clube da quinta divisão portuguesa. Paralelamente a isso, tinha seu avental e registradora, trabalhando como caixa na famosa rede de fast food KFC.
“Colocar dinheiro na mesa no final do mês para ajudar a minha família me deixou orgulhoso. Pagar as contas em vez da minha mãe era como marcar um gol“, contou Beto à ‘La Gazzetta dello Sport’, refletindo sobre sua jornada.
Essa perspectiva de vida o manteve humilde e determinado
Ele sonhava alto e dizia a quem quisesse ouvir: “Em cinco anos, serei um jogador profissional“. E ele conseguiu em quatro.
Após deixar sua marca no União de Tires, Beto atraiu olhares do Clube Olímpico Montijo e, posteriormente, do Portimonense. Foi nesse último que suas habilidades goleadoras o catapultaram para o cenário europeu. A Udinese, da elite italiana, não hesitou e levou o talentoso atacante para suas fileiras.
Não demorou para que a Premier League, com seus estádios icônicos e torcedores apaixonados, chamasse sua atenção. A equipe do Everton, percebendo seu potencial, investiu pesado: 25 milhões de libras (aproximadamente R$ 132 milhões) para trazer Beto para a Inglaterra.
Hoje, apesar dos resultados iniciais do Everton na temporada não serem os mais animadores, Beto já começou a mostrar por que é considerado uma das grandes promessas do futebol mundial.
Afinal, sua trajetória é uma prova viva de que, com determinação e trabalho duro, os sonhos mais distantes podem se tornar realidade.